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ParaLiderança Vol I - Liderança de Si Mesmo, inclui as Provocações e Práticas do Homem de Atenção.
ParaLiderança Vol I - Liderança de Si Mesmo, inclui as Provocações e Práticas do Homem de Atenção.
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ParaLiderança (Liderança de Si Mesmo)
Hoje em dia, a Liderança é muito valorizada e sempre é vista como uma ação voltada para as Equipes. Liderar parece ser sempre liderar os Outros e não a Si
Mesmo, e o que vemos são pessoas despreparadas em sua própria liderança, tentando liderar outras.
Em meus seminários de Desenvolvimento de Lideres, sempre ouço:
" Eu não tenho tempo para fazer o que você propõe, estou focado no Resultado, não da para desenvolver as pessoas, espero que elas estejam prontas! ".
E da parte dos Liderados o que ouvimos é: " Ninguém me Desenvolve! ".
Temos a tendência de responsabilizar os outros pelo nosso Desenvolvimento, primeiro, são os nossos Pais, depois a Escola e finalmente nossa Empresa e nos-
sos Lideres é que são responsáveis por nosso progresso.
Se não valorizarmos o nosso próprio desenvolvimento e assumirmos a Responsabilidade por esta tarefa, provavelmente teremos dificuldade de fazer isto com
as nossas Equipes.
Você deve estar pensando, "Este cara não me conhece, eu sempre fui Responsável pelo meu próprio desenvolvimento, fui eu quem estudei, passei no vestibu-
lar e me formei, arrumei meu emprego e me garanto". Claro que você fez tudo isto, senão não teria chegado onde chegou, mas estou falando de um processo
mais amplo e continuo, que não se faz na Escola focada na formação Técnica e na execução das tarefas.
continua...
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ParaLiderança (Liderança de Si Mesmo)
O que a Escola nos provê é uma ampliação de nossa Inteligência, em outras palavras, as chamadas Competências Técnicas e Cientificas, muito necessári-
as hoje em dia, porém sabemos que isto não basta, precisamos também desenvolver o nosso Emocional para cuidar das Relações com os Outros e isto
demanda novos Conhecimentos e Experiências, de como nós mesmos funcionamos e como funcionam as outras pessoas, pois somos todos diferentes.
Quando somos Lideres de Outros, temos que saber como nos Relacionar bem com as pessoas e fazer com que elas, Queiram Fazer, o que elas Precisam
Fazer, é muito mais amplo, requer uma Atenção especial conosco e com as outras pessoas; são as chamadas Competências Emocionais e não Mentais ou
Técnicas.
Estas Competências Emocionais são, ou pelo menos eram, de responsabilidade da Família, na educação dos filhos, mas, talvez por ser tão simples e não
sistêmico, acaba não resultando bem, o que vemos é um desnível destes aprendizados, mesmo entre irmãos que tiveram a mesma criação, ou pelo me-
nos, muito semelhante dentro da mesma casa. Parece então que somente a Família não basta, além disto hoje em dia as crianças ficam pouco com os
Pais. Dai surge a Sociedade para dar o resto da formação e mais uma vez, parece não funcionar bem, e às vezes, funciona muito mal.
Então o conhecimento Técnico não basta para atingir nossos Resultados e nosso desafio é incorporar os conhecimentos Emocionais e das Relações com
os Outros e usar nossa Criatividade para novas possibilidades de obter a Vida Boa.
As esferas de Resultado, Relações e Conhecimento (vide figura ParaLiderança), são dimensões de nossas vidas e lutamos para desenvolver seus vários
aspectos durante todo tempo e de várias formas diferentes em ambientes diversos.
Um caminho para desenvolver estas dimensões é explorar as Forças que atuam sobre elas, então:
- Para o Resultado, temos a força do Poder, visto aqui como a Força de Realizar algo, orientada pelo Mental;
- Para a Relação, temos a força do Amor, visto aqui como a Força de Unir as pessoas, orientada pelo Emocional;
- Para o Conhecimento, temos a força da Criatividade, vista aqui como a Força de Criar novas Possibilidades, Equilibrando o Mental e o Emocional.
As Forças Poder e Amor inicialmente parecem Contraditórias e muitos dos problemas que enfrentamos vem desta aparente contradição. Se uma é Verda-
deira, a outra tem que ser Falsa, se temos Resultado, não temos Relação, e vice-versa. Nosso desafio é incorporar o terceiro incluído, que seria Ambas Ver-
dadeiras, temos Resultado e Relações, cada uma com suas limitações e em Equilíbrio em cada situação.
A ParaLiderança (Liderança de Si Mesmo) propõe Criar possibilidades de Ações Equilibradas entre Poder e Amor, utilizando as Provocações e as Práticas
do Homem de Atenção para explorar este caminho.
Cada Provocação, apresentada na sequência deste texto (Blog), traz uma situação diferente e propõe uma Prática de Equilíbrio. Espero seus comentários
e suas Reflexões aqui no Blog. Bom trabalho.
Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
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Provocações e Práticas do
Homem de Atenção
A proposta daqui em diante é que você leia as Provocações, nas
figuras, e por alguns instantes Reflita. Se estiver com outras
pessoas, aproveite para trocar impressões sobre os Sentimentos
provocados.
Depois leia o resto do texto, com pausas, sem pressa, veja como
as frases vão te afetando, se puder escreva comentários na
lateral em branco ou em folha separada.
Em seguida leia a Prática sugerida e procure exercitar de forma
Atenta e percebendo a manifestação das três Forças.
Esta obra é construída por todos, então, gostaria de receber seus
Comentários no Blog do MVA. Cada Provocação tem um link no
seu final que leva diretamente para a página no Blog.
Grato.
Blog do MVA
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Nem tudo é importante, porém hoje em dia, frente a tantas opções e chamados, temos cada vez mais dificuldade em
abrir e manter espaço privilegiado.
Estar aberto a tudo e a todos, traz a aparente vantagem de quebra de horizontes, de descoberta do novo, mas se ficar-
mos assim sempre, não nos aprofundamos em nada e agimos como micos, saltando de galho em galho. É divertido, po-
rém, sem foco.
Estar Unido, sempre, é uma forma de expressão de nosso Amor contemporâneo. Vemos isto no sucesso das redes soci-
ais, o que nos coloca demasiadamente no Centro, ocupando tudo, talvez exercitar a Beira seja necessário.
Criar este espaço é primeiramente uma elaboração Emocional, que evolui para espaços de ação, físico, de recurso etc.
Para Criar, inicie se perguntando se aquele assunto vai acrescentar algo para Si Mesmo, isto vai permitir examinar, prós
e contras e decidir se deve seguir dando Atenção.
Ter clareza do que se quer é fruto do exercício de esclarecimento de questões pessoais, objetivos e condições de realiza-
ção.
Adotar um planejamento de ação, detalhando o Como agir, e não apenas, O Que se pretende fazer, é outra forma de pro-
teger e evitar os desvios de seus objetivos e resultados.
Há sempre algo para se aprender.
A escolha é sempre sua.
Prática para criar Espaço:
A base é a respiração consciente e o sorriso, é isto mesmo, sorrir é a chave para mudança.
Inspire e ao mesmo tempo mentalize a palavra INSPIRANDO. Tente fazer 3 fluxos para dentro e em cada um repita a pa-
lavra INSPIRANDO. Se o fôlego não der, pode reduzir para 2 vezes, não force.
Em seguida, sem prender a respiração, expire, em 3 fluxos e repita a palavra EXPIRANDO em cada um deles. Dai vem a
melhor parte, você deve SORRIR durante a expiração. Não importa a cara de bobo, se estiver com outras pessoas, dis-
farce e sorria por dentro, como o Jô costuma brincar no programa dele, mas o melhor é mover os músculos da face, pois
o resultado é maior.
Experimente, realmente muda a energia e abre novas possibilidades.
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Desejar ser o Outro, e em geral, desejar ter o que o outro tem, é uma forma de Amor, ou melhor, uma forma de se Unir ao
outro, que normalmente censuramos e punimos, porém este desejo pode ser muito útil.
O Poder gerado por esta chamada Inveja, se for aproveitado para gerar um bom plano de Desenvolvimento de Si Mes-
mo, ajuda promover o bem estar e a sanidade de uma Vida Boa.
O caminho é se perguntar o que o Outro fez para ser o que ele é. Quais Talentos desenvolveu, principalmente Como, que
Processos utilizou para chegar aos resultados, não apenas listar o que ele possui.
O Processo realiza mais que o resultado.
Conhecendo o Processo do outro podemos criar nosso próprio caminho e elaborar um Plano de Ação, levando em conta
que somos todos diferentes. Então não adianta copiar, mas sim, adaptar.
O modo de Ser determina o modo de Fazer.
Você é o que você Faz de Si Mesmo.
Prática para privilegiar o Processo:
Saia para caminhar sem destino, sem objetivo, apenas caminhar. Observe seus passos, observe sua respiração, o cora-
ção batendo, os pés no solo. Tente ver o que normalmente você não vê. Olhe o horizonte, perceba os detalhes da paisa-
gem, as cores, os odores, as texturas.
Quanto aos pensamentos, procure não Censurar nada e, se algo incomodar não prossiga no julgamento e deixe ir, mes-
mo que seja algo importante. Abra espaço para o processo de caminhar e contemplar, depois, vai ficar mais fácil tratar
destes outros assuntos.
Experimente focar no processo é renovador.
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O Direito de criar suas próprias condições de vida e Realizar seus desejos, deve ser o principal objetivo, a partir do qual,
todos os outros derivam e evoluem.
Para exercer este Direito em um mundo de tantas possibilidades, devemos inicialmente conhecer estas opções e os cami-
nhos para sua evolução.
Ter Direitos é ter opções.
Realizar depende de Opções para Escolhas.
Nesta busca, os Outros, o meio social e cultural em que vivemos, pode, em parte, determinar nosso caminho, pois é atra-
vés deste convívio que temos contato com o mundo. Ampliar os Horizontes, conhecer novas pessoas, culturas, ideias, his-
tórias, tecnologias, possibilita saltos de dentro para fora.
Só realizamos aquilo que conhecemos.
Construir a vida é como criar uma Obra de Arte, depende do talento do artista e dos materiais e técnicas empregadas.
Se pergunte: Tenho acesso ao que necessito para meu Pleno Desenvolvimento?
Se a resposta for Não, seus Direitos estão sendo neglicenciados.
Prática para ampliar Horizontes:
Trabalhar nossos próprios Limites é uma fonte inesgotável de possibilidades dentro de nós mesmos. Normalmente quere-
mos nos livrar do que nos incomoda ou perturba, mas se investigarmos melhor o Porquê de tanto desconforto vamos des-
cobrir possibilidades de crescimento infinitas.
Para investigar desenhe um Círculo e escreva por fora, acompanhando a linha o que te perturba mais no momento. No
máximo três coisas. Pare e analise quais sentimentos estas perturbações estão gerando e escreva todos no centro do cír-
culo.
Agora, por fora, desenhe linhas, partindo da borda do círculo e escreva nestas linhas as Ações que você vai fazer para di-
minuir este incômodo. Procure ser detalhista e evite fazer uma lista. Se for necessário acrescente novas linhas a partir da
primeira, ampliando a figura. É provável que o desenho final se pareça com uma flor.
Este é seu planejamento. Agora, vá executando e colorindo sua flor.
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A aparente Contradição entre os opostos, Poder e Amor, é do nosso dia a dia, porém assume proporções gigantescas
em eventos da História que reúnem multidões. Observar estes eventos serve para nossa Reflexão.
Ao adotarmos o Poder como forma predominante de Ação, desprezando o Amor, nos Separaremos dos outros em busca
do Resultado, gerando Corrupção de Valores Humanos.
Ao contrário, se adotarmos o Amor como predominante, garantimos a União. Porém, sem o Poder necessário para reali-
zar o Objetivo geraremos Anemia e paralisação.
Esta contradição deve ser resolvida pela nossa Criatividade, buscando sempre o Equilíbrio destas duas Forças (Poder e
Amor).
Uma boa pergunta a fazer para criar alternativas é: Qual a melhor forma de alcançar o Resultado sem ferir e se separar
do outro?
Inicialmente temos dificuldade, mas a prática leva ao Desenvolvimento da Liderança de Si Mesmo e a um maior número
de alternativas frente aos opostos, contagiando os outros envolvidos.
Prática para trazer Equilíbrio:
Equilíbrio é um desafio de nossa mente Polar, muito acostumada com os extremos: tudo ou nada, pegar ou largar etc.
O caminho é treinar a Negociação destas Contradições e abrir espaço para Criar alternativas.
O exercício consiste em controlar o impulso de Falar (Poder) ou Escutar (Amor). Se você é falante, busque nos próximos
encontros Escutar mais do que Falar. Negocie internamente com o impulso de falar, questione se o que vai dizer é real-
mente importante e necessário, valorize o que o outro diz.
Se você é calado, a proposta se inverte, e você deve procurar Falar mais e se questionar: Por que deixei de falar algo
importante? O que me impede de falar?
Uma terceira forma de se exercitar é a negociação do Diálogo interno (Poder). Reduzir o fluxo de pensamentos repetiti-
vos, ampliando a Observação externa (Amor), você pode treinar observando longamente uma paisagem e descrevendo
em detalhes seu componentes ou, ao dirigir ou caminhar descrever para si mesmo o que está vendo, privilegiando o que
está fora você.
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É possível não Julgar?
A resposta é "NÃO". Julgar faz parte de nosso sistema de defesa e sobrevivência.
Sempre avaliamos os Fatos ou pensamentos sobre os fatos. Queremos saber como eles vão nos afetar, ou se ameaçam
nossa integridade. Este processo foi desenvolvido pela nossa evolução e é tarefa básica de nosso sistema Emocional.
Julgamos por que queremos permanecer Unidos e estar no mundo.
Pensar é físico, é da Ação (Poder); Julgar é Emocional, é das Relações (Amor).
Se não podemos desligar este processo automático de avaliação, pelo menos, podemos retardar as Ações derivadas
dele, a não ser nos casos de ameaça direta à vida, onde a ação deve mesmo ser imediata.
Se tivermos tempo, podemos investigar e Separar o Pensar (Poder), do Julgar (Amor), para criar novas possibilidades de
ação.
O Novo gera desafio e medo.
Quando podemos adiar uma decisão, ponderar, perguntar, investigar, procurar mais informação, naturalmente a influência
de nossos Valores prévios será amenizada no impacto de nossas atitudes. É o famoso contar até 10.
Investigar Valores evita o Eterno Retorno do mesmo.
Prática para separar o Julgar do Pensar:
Como Pensar e Julgar estão fortemente unidos dentro de nós, é preciso um esforço para Separar os dois e poder olhar
para cada um individualmente. Como fenômenos diferentes, um trata os eventos e fatos, ou seja, o concreto o real, o ou-
tro avalia o impacto destes fatos em nós, e é Emocional.
Para separar, desenhe a figura de uma Casa, Árvore etc algo físico, real e escreva dentro dela os Fatos ou pensamentos
acerca de fatos que quer analisar, depois, acima da Casa desenhe uma Nuvem ou algo menos concreto.
Dentro da figura escreva os seus Julgamentos a respeito dos Fatos depois, procure identificar quais Valores estão dando
suporte a estes Julgamentos, pode fazer Bolinhas ao redor da Nuvem e escrever os Valores dentro. Questione se ainda
são válidos.
Agora observe os dois conjuntos e desenhe Riscos ligando a Nuvem e a Casa e, escreva sobre eles as Ações que vai rea-
lizar para dar o melhor encaminhamento aos assuntos.
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Somos todos loucos?
A resposta é "Sim". A chamada Normalidade, ou norma, ou forma, é apenas um ideal criado pela Cultura em que vive-
mos. Porém, ninguém segue totalmente este padrão. Seus desvios tendem a ser vistos como Loucura, ou melhor, a lou-
cura de cada um.
A maior Loucura é a busca desenfreada da Normalidade.
Quando convivemos com alguém, de fato, estamos muito próximos destes desvios ou loucuras, e se não partilharmos
com o outro, nos separamos. O convívio passa pelo ajuste continuo destes desvios. É necessário um certo afrouxamen-
to de ambas as partes para uma acomodação.
Conviver é partilhar desvios sociais e culturais.
Além de nossas preferências, que podem ser estranhas, temos as mudanças constantes vindas de fora, que geram mu-
danças nas nossas atitudes, forçando alterações inesperadas em nós e no outro.
O mundo muda e nós mudamos com ele.
Observar a nós mesmos e ao outro para perceber estas variações constantes é a chave para um processo de flexibiliza-
ção e ajustes necessários ao bom convívio e a Vida Boa. Conhecemos este processo como Compaixão, diferente de
aceitação pura e simples das diferenças, é uma elaboração criativa e contínua que leva para Ação e desenvolve a Lide-
rança de Si Mesmo.
Prática para criar Compaixão:
Somente com uma Observação profunda e com julgamento controlado do outro e de si mesmo você pode criar ações
visando Diminuir o sofrimento de ambos. De nada adianta dizer "eu te amo" e não fazer nada para amenizar as dores,
ou ainda deixar de lado as diferenças, pois elas vão voltar mais fortes.
Para observar, desenhe um círculo e escreva dentro dele o que o outro fez que te chateou. Imagine como ele pensa,
como ele se sente, com o maior detalhe que conseguir.
Depois desenhe outro círculo em torno deste e descreva o seu comportamento, pensamentos e sentimentos, dispara-
dos pelo ação outro. Seja detalhista.
Para finalizar, observe o que escreveu nos círculos, procure coincidências, pontos em comum e também as diferenças,
pontos divergentes. Agora desenhe setas ligando estes pontos, o sentido deve ser de dentro para fora para as coinci-
dências e o inverso para as diferenças. Estas setas devem se prolongar para fora do círculo externo e você vai escre-
ver neste prolongamento as ações que vai realizar para diminuir o sofrimento de ambos.
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O que são processos de Baixa Energia?
São processos baseados em Reflexão seguidos de Ações Conscientes.
Estamos muito acostumados a dar e obter Respostas rápidas. Queremos tudo para ontem, agimos antes do Tempo e com
muita energia. Resultado disto, baixa efetividade, repetição de tarefas, altos custos, angústia e estagnação.
Ter coragem de Brecar e reduzir a energia empregada, silenciar, contemporizar, apreciar, dar um tempo para as coisas fica-
rem claras, cria espaço privilegiado de Aprendizado e Mudanças Efetivas, vindas de dentro para fora.
Mudanças efetivas brotam de dentro para fora.
Aprender com o outro que tem um Ritmo diferente do seu é um desafio. Normalmente ficamos impacientes e queremos
atropelar as pessoas mais lentas ou brecar os mais rápidos. O respeito é uma forma de aprendizado e expressão de nosso
Amor pelo outro, além de ser uma ótima oportunidade de conhecer e avaliar novas formas de ação.
A profundidade das mudanças é inversamente proporcional à energia empregada.
Criar ou mudar a forma de fazer algo exige de nós um amplo processo Mental, Emocional e Físico, que não pode ser exe-
cutado com qualidade quando estamos abalados ou movidos pela pressa. A criatividade depende de tempo e condições
adequadas para ocorrer, senão o que temos é a repetição, pura e simples daquilo que já conhecemos e sabemos fazer.
Pressa é tensão constante. Velocidade é Atenção permanente.
O Emocional desequilibrado bloqueia a criatividade.
Prática para adotar Baixa Energia:
Reflita sobre algo que deseja mudar em você, qualquer coisa que te incomoda e que sempre se repete, gerando resulta-
dos inadequados.
Escreva algumas linhas sobre isto abrangendo O Que ocorre, Como ocorre, quais Resultados são obtidos, em especial,
quais Ações você deseja realizar para mudar esta situação. Guarde estas anotações por alguns dias, sem olhar para elas,
mas continue refletindo sobre o assunto.
Após estes período, escreva novamente sobre o assunto, sem ler as anotações anteriores, apenas o que se recorda e as
novas reflexões, guarde também estas novas anotações.
Repita este processo sempre sem ler as anotações anteriores, até que as mudanças desejadas sejam efetivas. Destrua to-
das as anotações.
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É um erro buscar o sucesso?
Claro que "Não". Porém, se para obter este Resultado destruírmos nossas Relações, o que teremos finalmente não será
positivo, nem para nós, nem para os outros.
A questão humana é estar no Mundo com os outros e não apenas obter Resultados.
Ninguém faz nada sozinho, especialmente hoje em dia, em tudo que fazemos dependemos de muitos outros, visíveis e in-
visíveis, mas mesmo assim ouvimos pessoas dizendo que "venceram sozinhas". É claro que não, talvez estejam dizendo
que venceram por sua vontade própria, mas se esquecem que na execução dependeram de muitos outros para vencer.
Quando focamos somente no Poder para o Resultado e esquecemos o Amor da União, acabamos fracos.
Devemos exercer nosso Poder, também para nos mantermos Unidos aos outros, tanto aqueles mais próximos, quanto
aqueles que parecem não estar nos ajudando diretamente. Praticar a Gratidão é uma forma de estar Unido. Um "Grato"
ou "Obrigado" geram grande efeito multiplicador.
A Razão individualiza. A Emoção multiplica.
Podemos sempre Agradecer aos outros de muitas formas, use a criatividade, inove, surpreenda, dê um elogio fora de
hora, reconheça um ideia, parabenize, dê um beijo, um sorriso, um olhar etc. Tudo que fazemos de coração para coração,
tem um efeito cascata, quem recebe quer retribuir e espalhar, criando uma onda positiva.
Se queremos algo novo, necessariamente, temos que fazer diferente.
De modo suave podemos iniciar uma Revolução.
Prática para desenvolver a Gratidão:
Por uma semana, pelo menos três vezes ao dia, Agradeça a alguém que não está diretamente ligado ao seu Resultado.
Pessoas desconhecidas que te servem no restaurante, na padaria, no posto de combustível, prestadores de serviço,
como entregadores, faxineiros, garis, seguranças, jornaleiros, motoristas etc.
À noite lembre, reflita e anote como foram estas experiências, o que você fez, ou disse, qual a reação do outro, como
você se sentiu, quais os aprendizados.
Agora mantenha esta rotina e inclua os Agredecimentos para pessoas diretamente ligadas a você, em casa e no trabalho.
Da mesma forma, de noite, antes de dormir, lembre, reflita e anote como foram as reações, e se você está notando uma
mudança em você e nos outros. Estimule a todos para espalhar e ampliar o alcance.
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Nós humanos temos como marca de nossa existência a busca pelo Supérfluo, isto é, buscamos além de nossas necessi-
dades básicas de sobrevivência e nos diferenciamos dos outros animais exatamente por isto. Nós vamos muito além, que-
remos os chamados bens de Estimulação como a Cultura, a Arte, a Música, o Conhecimento, a Descoberta, a Aventura, a
Viagem etc.
A vida é Liquida, não adianta se fechar, ela entra pelos poros.
Os chamados bens de Consumo geram conforto temporário, assim que nos acostumamos, eles deixam de ter o valor que
tinham inicialmente, e queremos mais e melhores produtos. Vamos em busca de novidades, algo de fora que complete
nosso vazio interior. É uma busca de completude infindável, conduzida pelo nosso Poder de consumo.
Quando tudo está resolvido é que começam realmente os nossos problemas.
Esta completude pode ser melhor realizada nas Relações (Amor) e não no consumo de bens. Em especial nas relações
que nos dispertam para o nosso próprio Desenvolvimento e para o aprimoramento da Vida Boa. Não estou apenas falando
das Relações Humanas, incluo aqui qualquer contato com a Arte, com a Natureza (como espetáculo), etc com os Bens de
Estimulação, que aqui chamo de Dádivas.
O Conhecimento valioso é Abstrato.
É preciso criar um espaço para que estas Dádivas ocorram e sejam reconhecidas e apreciadas. Se estivermos muito liga-
dos aos Bens de Consumo talvez, não consigamos perceber estas manifestações e perderemos os benefícios de estar
Unidos a elas.
O trabalho da Vida é a busca do Conhecimento.
Prática para perceber a Dádiva:
O que fica dentro de nós, no longo prazo, é o que tem alto significado, isto é o que mobiliza, primeiramente, nosso Emocio-
nal, mesmo que ainda não tenhamos compreendido totalmente, depois vamos para o Racional, buscar mais informações e
compreender melhor.
Geralmente o que tem alto significado é obtido como uma Dádiva. Por exemplo, nossa Vida. Nós não pagamos por nossas
vidas, também não pagamos pelo Amor que recebemos dos outros, como não pagamos pelo aprendizado adquirido nas
relações. Tudo isto vem de graça e tem altissimo valor para nós.
Para perceber a Dádiva precisamos reconhecer quando e como, este alto significado ocorre. Ela normalmente se manifes-
ta em nosso Físico, antes do Mental. É primordialmente Emocional e fortemente ligada ao Físico. Quando algo nos mobili-
za nosso coração acelera, a respiração encurta, sentimos um nó no estômago, um arrepio na coluna, mãos suadas, quase
como um susto.
Devemos ficar atentos e perceber estas mensagens de nosso sistema e deixar fluir um pouco mais, identificar de onde
está vindo esta energia e o que ela nos diz. Tente não racionalizar muito rápido, espere um pouco, curta a onda Emocional
e Física.
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A escolha é um processo Emocional (assim como a Atenção) mas temos a impressão de que é Racional, especialmente
quando pensamos e ponderamos muito para decidir.
O que ocorre, na maioria das vezes, é que procuramos muitas informações para ter mais certeza de que estamos certos,
porém, em alguns casos este volume de informações ao invés de ajudar prejudica e gera enorme confusão e turbulência.
Quanto maior for a quantidade de opções, mais desafiadora será a escolha, pois opções representam caminhos que po-
demos seguir e estes por sua vez se desdobram, além disto, cruzam com os caminhos dos outros.
O que está em seu interior é refletido no exterior por suas escolhas.
Parte da solução vem da redução de opções e outra da avaliação do impacto destas possibilidades sobre os outros envol-
vidos. O cruzamento deste dois revela a melhor escolha.
Este desafio é proposto para humanidade com um todo.
Escolher é Criar possibilidades de mudança que não limitem nosso desenvolvimento e dos outros. Você deve levar em
conta seus interesses, porém sem eliminar o interesse do outro, buscando equilíbrio entre o Amor e o Poder.
Escolher é verificar a melhor possibilidade de realizar a Vida Boa.
Prática para exercitar Escolhas Boas:
Como processo Reflexivo, escolher, passa por duas etapas. Uma é listar opções e avaliar seus prós e contras e outra, é
escolher. Elas ocorrem em tempos distintos.
Primeiro liste suas opções em círculos separados, alinhados um sobre o outro, e em frente, o mais distante possível, ou-
tros círculos representando as outras pessoas envolvidas. No centro, entre eles, um círculo maior com seu nome.
Agora inicie a avaliação de cada opção. Primeiro com você, para os prós use tinta azul e para os contras vermelha ou ou-
tras cores que quiser. Desenhe linhas ligando as opções até você e escreva sobre elas cada pró ou contra. Depois, de
cada uma destas linhas, partindo de você desenhe linhas ligando com as outras pessoas e da mesma forma coloque
prós e contras. Perceba que devem existir inversões, os prós para você em determinada opção se tornam contra para ou-
tras pessoas.
Observe o desenho e em particular as inversões de prós para você, e contras para outros. Isto pode indicar escolhas
ruins. Claro que as melhores seriam as opções com maior quantidade de prós, sem inversão para outros.
Fique com a imagem, guarde a folha e decida depois. Se não conseguir decidir, volte ao desenho e elimine algumas op-
ções, até ficar com duas e dai fique com esta nova imagem e decida depois. Reflita. Tente perceber seus sentimentos em
relação a elas, a melhor vai dar sinais claros em seu físico.
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Outros Textos sobre
Atenção
Esta obra é construída por todos, então, gostaria de
receber seus Comentários no Blog do MVA.
Grato.
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Atenção para a Abundância
“O universo é abundante, então, por que me faltam as coisas ?”
O modelo de escassez não é natural; ao darmos mais Atenção para o que falta, ficamos presos e com medo de sofrer as privações do ambiente escasso e
não abrimos o espaço para que o Universo nos ofereça sua Abundância.
Por Exemplo: Quando amamos, tentamos evitar perder este amor e aprisionamos o objeto amado ao invés de libertá-lo e vê-lo crescer; tememos perde-lo e
acabamos, por afastá-lo cada vez mais, vivendo assim a escassez.
No trabalho, evitamos perder nossa posição e tomamos várias atitudes defensivas, que não nos desenvolvem e muito menos aos outros; nos negócios pren-
demos os clientes e lamentamos os que se vão e quase nunca comemoramos os novos que chegam.
Todas estas atitudes reduzem a energia abundante disponível no Universo, ao darmos mais Atenção ao que falta, ou poderia vir a faltar, restringimos nossa
capacidade natural de expansão e crescimento.
Temos como mudar esta forma de Atenção, do escasso para o Abundante?
Sim, o caminho vem pela prática da meditação, ela nos conecta a esta energia abundante do universo, pois quando meditamos, vencemos as barreiras do
ego, super protetor, e vivemos as experiências sem os limites físicos e através da conexão com o todo, temos acesso à riqueza de possibilidades infinitas.
Devemos então nos concentrar na energia do amor, para que ela não acabe; na família e no trabalho devemos cultuar o crescimento de todos e comemorar
cada conquista, vitórias e datas festivas, atraindo sempre o melhor.
Na meditação crie imagens de você mesmo esbanjando saúde, feliz, com tudo que deseja a sua disposição, evite impor qualquer tipo de limite, em nossa
mente não há limites, como também no Universo onde tudo esta disponível e abundante.
Sempre reúna a família e os amigos para comemorar suas conquistas e vitórias, por menores que sejam. Não deixe para depois, comemore a data o mais
rápido possível e com a maior felicidade que possa promover, isto funciona como um amplificador e multiplica a abundância.
Somos todos parte de um mesmo Universo e tudo que existe nele esta disponível, foque sua Atenção nesta disponibilidade, tudo que existe foi criado junto
com você e faz parte das possibilidades infinitas existentes nele.
Um instante de Atenção Plena, pode valer por horas de Desatenção!
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Atenção e o Tempo
Por que ouvimos todas as pessoas dizendo: “Não tenho tempo para mais nada”
A mim me parece que este Tempo que as pessoas estão se referindo, não é o tempo natural, orgânico, mas sim o tempo da máquina, acelerado pela evolução da era
industrial e artificialmente contado e controlado para remunerar o trabalho das pessoas.
Este “Tempo Máquina” tornou-se padrão para a nossa sociedade e com o avanço das tecnologias da aceleração desenfreada, nos sentimos cada vez mais desconecta-
dos da realidade e separados da natureza e dos outros seres do planeta, que vivem o “Tempo Orgânico”. Esta sensação é tão forte e presente que chegamos a afirmar
que o dia não tem mais às 24 horas.
O tempo orgânico, diferentemente da máquina, é o tempo do Jardineiro, que prove os meios e aguarda até colher os resultados, ele prepara a terra, planta a semente,
rega e espera que o processo natural de florescer, lhe de os frutos desejados.
Sem angústia, a natureza foca sua Atenção no processo e obtém os resultados ao seu tempo, nós queremos ser como as máquinas e focamos nossa Atenção no resul-
tado e o tempo decorrido no processo é visto como um problema. Por exemplo: quando entramos no nosso carro, para ir a algum lugar, imediatamente já estamos lá,
como se fosse tele-transporte, e o tempo decorrido no processo (trajeto) não é vivido, sendo visto como indesejado e inoportuno, o transito então passa a ser algo insu-
portável, pois ele nos traz a real dimensão de nossa condição natural.
Se focamos nossa Atenção apenas no resultado, o processo e as pessoas perdem a importância e dispomos de todos os meios, para alcançar os fins desejados. Acele-
ramos ao máximo e descartamos, logo a seguir, todas os insumos utilizados, incluindo o próprio resultado, que logo deve ser refeito ou substituído.
Este processo de consumo e descarte, desenfreado, esta acabando com os recursos do planeta e distorcendo o tempo, uso sempre a força representativa das imagens
de “Relógios Derretidos”, de Salvador Dali, como imagem para esta situação, para mim, parece que Dali quis mostrar que o tempo acelerou tanto, que os relógios derre-
teram pelo aquecimento, não sei se realmente esta foi a sua intenção, mas como a obra pertence a quem a observa, eu me dou a liberdade interpretativa.
É possível reverter ou amenizar esta sensação de aceleração do tempo?
Sim, o caminho é colocar nossa Atenção no “Momento Presente”, mas isto já ouvimos muito, porem o que proponho é focar no processo, se fizer isto com afinco, posso
chegar a ter a experiência de parar o tempo; na nossa consciência não existe o tempo contado pelo relógio e sim à sensação de sua passagem; porem o que passa,
neste caso, somos nós e não o tempo, daí afirmar que viver é estar atento a cada instante, aproveitando o momento presente.
Na nossa consciência o tempo é sempre relativo ao Observador (Atento); por exemplo: os tempos passado, presente e futuro, são todos vividos simultaneamente e de
forma aleatória e difusa; não vivemos dentro de nós o processo linear da máquina, mas sim o processo cíclico do orgânico, e quando sentimos a sensação de acelerar
os pensamentos, sentimos um grande desconforto e desconexão.
Exercício: Experimente contar o tempo dentro de você, marque no relógio o início de um minuto, feche os olhos e controle mentalmente a passagem deste minuto, quan-
do achar que acabou, olhe o relógio; possivelmente você terá uma surpresa, caso você esteja ansioso o seu minuto deve ter sido menor que o do relógio, mas se estiver
calmo e relaxado, deverá obter um minuto maior; é isto que ocorre quando temos muitas tarefas a fazer, a sensação é que o tempo encolhe, e ele realmente diminui,
pois estamos ansiosos para cumprir tudo, focamos nos resultados e não vivemos o nosso processo.
Todos nós queremos ter mais tempo, para viver, para amar, para trabalhar, enfim, o tempo é uma grande riqueza, se pudermos, de algum modo multiplicá-lo, seremos
então cada vez mais ricos.
A Atenção é a chave para o resgate do tempo, através dela nos conectamos a nossa natureza e o tempo externo deixa de ser um limitador; a cada tarefa, eu desafio o
tempo com a minha Atenção e vivo dentro de mim, de forma relaxada e produtiva, o meu próprio tempo.
Um instante de Atenção Plena, pode valer por horas de Desatenção!
Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
18
Déficit de Atenção
“Em quantos estamos nesta sala?”
Ouvi pela primeira vez esta frase, quando apresentava, para um grupo de executivos de Informática, o resultado de um processo de levantamento de informações, visando ajudá-los a
tomar a Decisão sobre qual tecnologia deveria ser adotada para o desenvolvimento futuro de sistemas na empresa.
Todos estavam com seus Notebooks, conectados à rede corporativa da empresa, via Wireless (Conexão sem fio), PDAs, Celulares (alguns com 2 aparelhos) e, além de usá-los, haviam
as interrupções através do ramal da sala de reuniões, dirigidas ao diretor da área. No decorrer do tempo, notei que, mesmo nos momentos de maior complexidade, nenhuma questão me
fora feita; decidi, então, testar o quanto a audiência estava atenta e, como fazia um velho professor meu, troquei de assunto. Minha surpresa foi enorme, pois durante quase 5 minutos,
ninguém notou a troca!
O diretor, o primeiro a perceber a manobra, aguardou um tempo para ver quando os outros notariam, mas logo perdeu a paciência; me interrompeu e perguntou a todos: “Em quantos
estamos nesta sala?”; a resposta óbvia foi dada - 6 pessoas, contando comigo, porém ele insistiu e queria saber quantas pessoas “Virtuais” também estavam presentes à reunião. Em
uma rápida contagem, pasmem: éramos mais de 30!
Todos liam e respondiam E-mails o tempo todo; uma pessoa participava de um chat com outras 8, espalhadas pela América Latina, verificando uma falha do ERP (Sistema de Gestão
Integrada); outra estava dando suporte no uso de PowerPoint (software para criação de apresentações) para o Diretor de Marketing e o mais incrível é que um dos presentes admitiu,
estar acompanhando ao vivo, pela Internet, uma partida de Tênis de Wimbledon, onde a tenista russa Maria Sharapova desfilava seus dotes.
Não sei se o que estou relatando ocorre em todas as reuniões, mas, nesta, só foi possível avançar com os trabalhos quando todos desligaram seus aparelhos e consentiram em dar a
devida Atenção ao assunto, que poderia determinar, em parte, o futuro da Empresa, além de envolver grandes somas de investimentos e anos de comprometimento. Ele lembrou a to-
dos, que a Decisão a ser tomada era definitiva e que toda a Atenção deveria estar sendo dada naquele momento, pois não haveria outra reunião para tratar do assunto.
É possível tomar uma Decisão acertada estando Desatento?
Acho que não, mas hoje em dia as pessoas estão mais preocupadas em estar Conectadas às outras, com medo de perder alguma coisa, do que, em se concentrar em algo. O Déficit de
Atenção causado por este comportamento tem custado milhões às Empresas, pois no afã de saber sobre e estar antenado em tudo, comprometemos nossa capacidade de nos Concen-
trar no que realmente importa; tudo passa a ter o mesmo peso. O atual ambiente de trabalho, no qual as pessoas são Bombardeadas por milhares de Informações e Estímulos de Cone-
xão, prejudica a capacidade de focalização.
A falta de Foco, ou a capacidade de se concentrar, por algum tempo, em um único assunto, afeta profundamente a Reflexão sobre os fatos e a correta análise da Cadeia de Causa/Efeito
dos Eventos, presentes e futuros. As Decisões tomadas sem as devidas considerações têm, como resultado, Empresas que duram pouco ou têm seu futuro comprometido.
É fato que as pessoas apresentam graus variados de tolerância aos estímulos e, em determinados momentos, são mais ou menos afetadas. Se temos dificuldade de concentração em
um determinado dia, nenhum problema, mas se notamos que não estamos conseguindo nos concentrar frequentemente, devemos procurar criar mecanismos de apoio e proteção à nos-
sa Atenção.
É possível melhorar este nível de Desatenção?
Sim, podemos começar por regras simples de uso das atuais tecnologias, que deveriam nos apoiar, ao invés de nos prejudicar; este pode ser um bom ponto de partida. Pergunte a você
mesmo: o E-mail está te ajudando a ficar mais Atento e Produtivo ou está te atrapalhando? Quanto tempo você passa lendo e respondendo Mensagens? E o Celular? Algumas pessoas
se tornaram escravas dele e não conseguem desligá-los nunca.
Alguns dados, de pesquisas internacionais, indicam que os executivos passam metade do dia de trabalho envolvidos com tratamento de Mensagens e que apenas 5% do tempo tem sido
utilizado para Resolução de Problemas e Tomada de Decisões. A cada dia a quantidade de Mensagens, de todos os tipos, tem crescido e temos que nos organizar para tratá-las dentro
de um tempo que não comprometa as atividades mais nobres.
Por exemplo, determine horários fixos para a leitura de E-mails, não ficando com a Caixa Postal aberta o tempo todo; faça o mesmo para os Chats, não ficando disponível para conver-
sas em qualquer momento - marque horários, como se fossem reuniões; use melhor o Correio de Voz de seu Ramal interno e Celular e sempre responda aos recados em horários fixos,
divulgados nas mensagens de atendimento.
Um instante de Atenção Plena, pode valer por horas de Desatenção!
Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
19
A Economia da Atenção
Imagine-se em pleno duelo de espadas, frente a frente com a Morte; neste exato momento você lembra daquele e-mail que estava esperando: “Será que chegou?”. Pronto, seu oponente,
mais Atento ao momento Presente, lhe faz um buraco na barriga.
Lutas de espadas, ou sabres de luz, estão novamente na moda, porém os “Jedi”, personagens da Saga de Guerra nas Estrelas, aparentemente não têm este problema, pois contam com
a Força, difícil de desenvolver, porém extremamente útil. Mas, o que é esta Força?
A mim, parece algo semelhante à Atenção, num alto nível de desenvolvimento, e eles a utilizam para se Concentrar Plenamente e derrotar seus oponentes; mas, será que ela só serve
para isto? Hoje em dia nós não temos que lutar com espadas; ou será que temos?
Sempre que vejo estes filmes, me pego pensando: “Como seria bom poder contar com esta Força!”. Será que é possível desenvolver a Atenção, a ponto de reconhecê-la como uma mani-
festação desta Força? E se for possível, qual o valor desta “super” Atenção para a economia atual, a chamada, dentre outros nomes, de Economia do Conhecimento?
Como Conhecimento só pode ser adquirido através da Atenção, parece, então, que o bem escasso que esta Economia deveria tratar de desenvolver é a Atenção e não o Conhecimento,
ou mesmo a Informação, já tão abundantes. A Atenção é limitada dentro de cada um de nós e seu valor será tão maior quanto maior for o Conhecimento necessário para realizar as ativida-
des do dia-a-dia.
Herbert Simon, pai da Inteligência Artificial e Prêmio Nobel de Economia, estudou o processo de tomada de decisões nas Corporações, altamente complexas e cunhou uma máxima que
exprime este paradoxo: “Riqueza de Informação, cria Pobreza de Atenção!”. Se, economicamente, a expansão do Capital levou ao desenvolvimento do Capitalismo, a expansão da Aten-
ção levaria ao desenvolvimento do “Atencionismo” (acabei de inventar...) ou à evolução da Economia da Atenção.
Crescemos ouvindo que o Maior engole o Menor; depois percebemos que o mais Rápido ultrapassa o mais Lento; e hoje podemos dizer que o mais Atento vence o Desatento. Um dos
sinais disto é o esforço empreendido nos programas de CRM, que tentam, mas nem sempre conseguem, manter a Atenção focada nas necessidades e particularidades dos Clientes: regis-
tram montanhas de Informações para oferecer atendimentos mais efetivos e formatar ofertas mais atraentes, porém...
Com estas e outras ações, o volume disponível de Informações tem crescido cada vez mais, a ponto de dobrar a cada 20 meses, no mundo, e nada indica que tal crescimento vá parar ou
diminuir. Nossa única saída, então, é desenvolver a Atenção e amenizar a sensação de Frustração de não dar conta.
Qual é o Caminho para este desenvolvimento?
Curiosamente, o Caminho também é um aparente paradoxo e retrocesso, pois sugere que devemos nos centrar em nós mesmos para recuperarmos o poder de concentração (no treina-
mento dos Espadachins também é assim). É através do resgate das Características Primordiais da Atenção que podemos abrir espaço para o que realmente importa e é essencial para o
nosso sucesso, ou seja, o segredo está dentro de nós!
A Atenção foi criada e aprimorada pela Evolução, com o intuito de maximizar as chances de sobrevivência e proliferação da espécie humana. O Processo Natural de Atenção foca nossas
Necessidades Primárias e as coisas de maior Significado, para nós, pulam para frente da Mente. Sempre que tentamos nos concentrar em algo que não damos valor, o mecanismo de Sa-
ciedade procura logo outra coisa para atender.
A Atenção, como Processo Biológico, prioriza o que nos satisfaz, dá prazer e alegria; não adianta tentar forçar - ela foi feita para isso; é através dela que nos tornamos felizes e ser feliz é
o principal objetivo de nossa existência. Sempre que quiser dar Atenção a alguma coisa, procure inicialmente os aspectos que te dêem prazer e alegria e, a partir deles, vá se envolvendo
com o todo.
Outra parte do Caminho é viver o Momento Presente: quando estamos presos no passado ou ansiando pelo futuro deixamos de estar Atentos e focados na nossa existência. É fácil perce-
ber o quanto estamos ausentes deste mundo, pois não nos sentimos incluídos na natureza, nem quando estamos trocando energias vitais com o meio ambiente. Pense: quando foi a últi-
ma vez que você ficou atento ao seu peso contra o chão (talvez só quando o seu pé estava doendo, como o meu está agora), ou ao ar entrando e saindo dos seus pulmões, ou ao calor
do sol na sua pele, ou a suavidade da água ou de um carinho. É através do resgate destas sensações que podemos nos sentir presentes e fazendo parte.
Quando não estamos presentes, não fazemos o que realmente queremos fazer e, se fizermos, não vamos aproveitar os benefícios, além de sentirmos uma sensação de vazio e insatisfa-
ção constante, a qual gera um distanciamento da realidade e uma desatenção inevitável.
Para vivenciar isto, pare de ler e preste Atenção à sua respiração: apenas por 1 minuto, tente limpar sua mente; mas não faça isto com esforço ou punição, não julgue, apenas se concen-
tre no ar, entrando e saindo. Se necessário, conte quantas vezes você respirou neste minuto, pois a contagem ajuda a clarear a mente; se outros pensamentos vierem, deixe que vão em-
bora e, suavemente, reconcentre-se na respiração. Use este minuto para você, para a sua natureza.
Outro ponto é a nossa relação com o tempo: nós somos um Sistema Vivo e temos que parar de nos comportar como máquinas ou fábricas com seus processos lineares e de tempo artifici-
almente contado para remunerar, proporcionalmente, a contribuição de cada trabalhador ao produto final. Este tempo artificial (da fábrica) se tornou padrão (Tempo é Dinheiro!) e contami-
nou tudo; agora achamos que não temos tempo para mais nada e que ele corre cada vez mais depressa; é claro, quanto mais rápido produzimos, mais rápido ele passa. Temos que elimi-
nar esta distorção e parar de usar o tempo como limitador: se estivermos Atentos, como o Espadachim, o tempo ganhará outras dimensões e não apenas a do relógio.
Um instante de Atenção Plena pode valer por horas de desatenção!
Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
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ParaLiderança Vol I - Liderança de Si Mesmo, inclui as Provocações e Práticas do Homem de Atenção.

  • 3. 2 ParaLiderança (Liderança de Si Mesmo) Hoje em dia, a Liderança é muito valorizada e sempre é vista como uma ação voltada para as Equipes. Liderar parece ser sempre liderar os Outros e não a Si Mesmo, e o que vemos são pessoas despreparadas em sua própria liderança, tentando liderar outras. Em meus seminários de Desenvolvimento de Lideres, sempre ouço: " Eu não tenho tempo para fazer o que você propõe, estou focado no Resultado, não da para desenvolver as pessoas, espero que elas estejam prontas! ". E da parte dos Liderados o que ouvimos é: " Ninguém me Desenvolve! ". Temos a tendência de responsabilizar os outros pelo nosso Desenvolvimento, primeiro, são os nossos Pais, depois a Escola e finalmente nossa Empresa e nos- sos Lideres é que são responsáveis por nosso progresso. Se não valorizarmos o nosso próprio desenvolvimento e assumirmos a Responsabilidade por esta tarefa, provavelmente teremos dificuldade de fazer isto com as nossas Equipes. Você deve estar pensando, "Este cara não me conhece, eu sempre fui Responsável pelo meu próprio desenvolvimento, fui eu quem estudei, passei no vestibu- lar e me formei, arrumei meu emprego e me garanto". Claro que você fez tudo isto, senão não teria chegado onde chegou, mas estou falando de um processo mais amplo e continuo, que não se faz na Escola focada na formação Técnica e na execução das tarefas. continua...
  • 4. 3 ParaLiderança (Liderança de Si Mesmo) O que a Escola nos provê é uma ampliação de nossa Inteligência, em outras palavras, as chamadas Competências Técnicas e Cientificas, muito necessári- as hoje em dia, porém sabemos que isto não basta, precisamos também desenvolver o nosso Emocional para cuidar das Relações com os Outros e isto demanda novos Conhecimentos e Experiências, de como nós mesmos funcionamos e como funcionam as outras pessoas, pois somos todos diferentes. Quando somos Lideres de Outros, temos que saber como nos Relacionar bem com as pessoas e fazer com que elas, Queiram Fazer, o que elas Precisam Fazer, é muito mais amplo, requer uma Atenção especial conosco e com as outras pessoas; são as chamadas Competências Emocionais e não Mentais ou Técnicas. Estas Competências Emocionais são, ou pelo menos eram, de responsabilidade da Família, na educação dos filhos, mas, talvez por ser tão simples e não sistêmico, acaba não resultando bem, o que vemos é um desnível destes aprendizados, mesmo entre irmãos que tiveram a mesma criação, ou pelo me- nos, muito semelhante dentro da mesma casa. Parece então que somente a Família não basta, além disto hoje em dia as crianças ficam pouco com os Pais. Dai surge a Sociedade para dar o resto da formação e mais uma vez, parece não funcionar bem, e às vezes, funciona muito mal. Então o conhecimento Técnico não basta para atingir nossos Resultados e nosso desafio é incorporar os conhecimentos Emocionais e das Relações com os Outros e usar nossa Criatividade para novas possibilidades de obter a Vida Boa. As esferas de Resultado, Relações e Conhecimento (vide figura ParaLiderança), são dimensões de nossas vidas e lutamos para desenvolver seus vários aspectos durante todo tempo e de várias formas diferentes em ambientes diversos. Um caminho para desenvolver estas dimensões é explorar as Forças que atuam sobre elas, então: - Para o Resultado, temos a força do Poder, visto aqui como a Força de Realizar algo, orientada pelo Mental; - Para a Relação, temos a força do Amor, visto aqui como a Força de Unir as pessoas, orientada pelo Emocional; - Para o Conhecimento, temos a força da Criatividade, vista aqui como a Força de Criar novas Possibilidades, Equilibrando o Mental e o Emocional. As Forças Poder e Amor inicialmente parecem Contraditórias e muitos dos problemas que enfrentamos vem desta aparente contradição. Se uma é Verda- deira, a outra tem que ser Falsa, se temos Resultado, não temos Relação, e vice-versa. Nosso desafio é incorporar o terceiro incluído, que seria Ambas Ver- dadeiras, temos Resultado e Relações, cada uma com suas limitações e em Equilíbrio em cada situação. A ParaLiderança (Liderança de Si Mesmo) propõe Criar possibilidades de Ações Equilibradas entre Poder e Amor, utilizando as Provocações e as Práticas do Homem de Atenção para explorar este caminho. Cada Provocação, apresentada na sequência deste texto (Blog), traz uma situação diferente e propõe uma Prática de Equilíbrio. Espero seus comentários e suas Reflexões aqui no Blog. Bom trabalho. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 5. 4 Provocações e Práticas do Homem de Atenção A proposta daqui em diante é que você leia as Provocações, nas figuras, e por alguns instantes Reflita. Se estiver com outras pessoas, aproveite para trocar impressões sobre os Sentimentos provocados. Depois leia o resto do texto, com pausas, sem pressa, veja como as frases vão te afetando, se puder escreva comentários na lateral em branco ou em folha separada. Em seguida leia a Prática sugerida e procure exercitar de forma Atenta e percebendo a manifestação das três Forças. Esta obra é construída por todos, então, gostaria de receber seus Comentários no Blog do MVA. Cada Provocação tem um link no seu final que leva diretamente para a página no Blog. Grato. Blog do MVA
  • 6. 5 Nem tudo é importante, porém hoje em dia, frente a tantas opções e chamados, temos cada vez mais dificuldade em abrir e manter espaço privilegiado. Estar aberto a tudo e a todos, traz a aparente vantagem de quebra de horizontes, de descoberta do novo, mas se ficar- mos assim sempre, não nos aprofundamos em nada e agimos como micos, saltando de galho em galho. É divertido, po- rém, sem foco. Estar Unido, sempre, é uma forma de expressão de nosso Amor contemporâneo. Vemos isto no sucesso das redes soci- ais, o que nos coloca demasiadamente no Centro, ocupando tudo, talvez exercitar a Beira seja necessário. Criar este espaço é primeiramente uma elaboração Emocional, que evolui para espaços de ação, físico, de recurso etc. Para Criar, inicie se perguntando se aquele assunto vai acrescentar algo para Si Mesmo, isto vai permitir examinar, prós e contras e decidir se deve seguir dando Atenção. Ter clareza do que se quer é fruto do exercício de esclarecimento de questões pessoais, objetivos e condições de realiza- ção. Adotar um planejamento de ação, detalhando o Como agir, e não apenas, O Que se pretende fazer, é outra forma de pro- teger e evitar os desvios de seus objetivos e resultados. Há sempre algo para se aprender. A escolha é sempre sua. Prática para criar Espaço: A base é a respiração consciente e o sorriso, é isto mesmo, sorrir é a chave para mudança. Inspire e ao mesmo tempo mentalize a palavra INSPIRANDO. Tente fazer 3 fluxos para dentro e em cada um repita a pa- lavra INSPIRANDO. Se o fôlego não der, pode reduzir para 2 vezes, não force. Em seguida, sem prender a respiração, expire, em 3 fluxos e repita a palavra EXPIRANDO em cada um deles. Dai vem a melhor parte, você deve SORRIR durante a expiração. Não importa a cara de bobo, se estiver com outras pessoas, dis- farce e sorria por dentro, como o Jô costuma brincar no programa dele, mas o melhor é mover os músculos da face, pois o resultado é maior. Experimente, realmente muda a energia e abre novas possibilidades. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 7. 6 Desejar ser o Outro, e em geral, desejar ter o que o outro tem, é uma forma de Amor, ou melhor, uma forma de se Unir ao outro, que normalmente censuramos e punimos, porém este desejo pode ser muito útil. O Poder gerado por esta chamada Inveja, se for aproveitado para gerar um bom plano de Desenvolvimento de Si Mes- mo, ajuda promover o bem estar e a sanidade de uma Vida Boa. O caminho é se perguntar o que o Outro fez para ser o que ele é. Quais Talentos desenvolveu, principalmente Como, que Processos utilizou para chegar aos resultados, não apenas listar o que ele possui. O Processo realiza mais que o resultado. Conhecendo o Processo do outro podemos criar nosso próprio caminho e elaborar um Plano de Ação, levando em conta que somos todos diferentes. Então não adianta copiar, mas sim, adaptar. O modo de Ser determina o modo de Fazer. Você é o que você Faz de Si Mesmo. Prática para privilegiar o Processo: Saia para caminhar sem destino, sem objetivo, apenas caminhar. Observe seus passos, observe sua respiração, o cora- ção batendo, os pés no solo. Tente ver o que normalmente você não vê. Olhe o horizonte, perceba os detalhes da paisa- gem, as cores, os odores, as texturas. Quanto aos pensamentos, procure não Censurar nada e, se algo incomodar não prossiga no julgamento e deixe ir, mes- mo que seja algo importante. Abra espaço para o processo de caminhar e contemplar, depois, vai ficar mais fácil tratar destes outros assuntos. Experimente focar no processo é renovador. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 8. 7 O Direito de criar suas próprias condições de vida e Realizar seus desejos, deve ser o principal objetivo, a partir do qual, todos os outros derivam e evoluem. Para exercer este Direito em um mundo de tantas possibilidades, devemos inicialmente conhecer estas opções e os cami- nhos para sua evolução. Ter Direitos é ter opções. Realizar depende de Opções para Escolhas. Nesta busca, os Outros, o meio social e cultural em que vivemos, pode, em parte, determinar nosso caminho, pois é atra- vés deste convívio que temos contato com o mundo. Ampliar os Horizontes, conhecer novas pessoas, culturas, ideias, his- tórias, tecnologias, possibilita saltos de dentro para fora. Só realizamos aquilo que conhecemos. Construir a vida é como criar uma Obra de Arte, depende do talento do artista e dos materiais e técnicas empregadas. Se pergunte: Tenho acesso ao que necessito para meu Pleno Desenvolvimento? Se a resposta for Não, seus Direitos estão sendo neglicenciados. Prática para ampliar Horizontes: Trabalhar nossos próprios Limites é uma fonte inesgotável de possibilidades dentro de nós mesmos. Normalmente quere- mos nos livrar do que nos incomoda ou perturba, mas se investigarmos melhor o Porquê de tanto desconforto vamos des- cobrir possibilidades de crescimento infinitas. Para investigar desenhe um Círculo e escreva por fora, acompanhando a linha o que te perturba mais no momento. No máximo três coisas. Pare e analise quais sentimentos estas perturbações estão gerando e escreva todos no centro do cír- culo. Agora, por fora, desenhe linhas, partindo da borda do círculo e escreva nestas linhas as Ações que você vai fazer para di- minuir este incômodo. Procure ser detalhista e evite fazer uma lista. Se for necessário acrescente novas linhas a partir da primeira, ampliando a figura. É provável que o desenho final se pareça com uma flor. Este é seu planejamento. Agora, vá executando e colorindo sua flor. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 9. 8 A aparente Contradição entre os opostos, Poder e Amor, é do nosso dia a dia, porém assume proporções gigantescas em eventos da História que reúnem multidões. Observar estes eventos serve para nossa Reflexão. Ao adotarmos o Poder como forma predominante de Ação, desprezando o Amor, nos Separaremos dos outros em busca do Resultado, gerando Corrupção de Valores Humanos. Ao contrário, se adotarmos o Amor como predominante, garantimos a União. Porém, sem o Poder necessário para reali- zar o Objetivo geraremos Anemia e paralisação. Esta contradição deve ser resolvida pela nossa Criatividade, buscando sempre o Equilíbrio destas duas Forças (Poder e Amor). Uma boa pergunta a fazer para criar alternativas é: Qual a melhor forma de alcançar o Resultado sem ferir e se separar do outro? Inicialmente temos dificuldade, mas a prática leva ao Desenvolvimento da Liderança de Si Mesmo e a um maior número de alternativas frente aos opostos, contagiando os outros envolvidos. Prática para trazer Equilíbrio: Equilíbrio é um desafio de nossa mente Polar, muito acostumada com os extremos: tudo ou nada, pegar ou largar etc. O caminho é treinar a Negociação destas Contradições e abrir espaço para Criar alternativas. O exercício consiste em controlar o impulso de Falar (Poder) ou Escutar (Amor). Se você é falante, busque nos próximos encontros Escutar mais do que Falar. Negocie internamente com o impulso de falar, questione se o que vai dizer é real- mente importante e necessário, valorize o que o outro diz. Se você é calado, a proposta se inverte, e você deve procurar Falar mais e se questionar: Por que deixei de falar algo importante? O que me impede de falar? Uma terceira forma de se exercitar é a negociação do Diálogo interno (Poder). Reduzir o fluxo de pensamentos repetiti- vos, ampliando a Observação externa (Amor), você pode treinar observando longamente uma paisagem e descrevendo em detalhes seu componentes ou, ao dirigir ou caminhar descrever para si mesmo o que está vendo, privilegiando o que está fora você. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 10. 9 É possível não Julgar? A resposta é "NÃO". Julgar faz parte de nosso sistema de defesa e sobrevivência. Sempre avaliamos os Fatos ou pensamentos sobre os fatos. Queremos saber como eles vão nos afetar, ou se ameaçam nossa integridade. Este processo foi desenvolvido pela nossa evolução e é tarefa básica de nosso sistema Emocional. Julgamos por que queremos permanecer Unidos e estar no mundo. Pensar é físico, é da Ação (Poder); Julgar é Emocional, é das Relações (Amor). Se não podemos desligar este processo automático de avaliação, pelo menos, podemos retardar as Ações derivadas dele, a não ser nos casos de ameaça direta à vida, onde a ação deve mesmo ser imediata. Se tivermos tempo, podemos investigar e Separar o Pensar (Poder), do Julgar (Amor), para criar novas possibilidades de ação. O Novo gera desafio e medo. Quando podemos adiar uma decisão, ponderar, perguntar, investigar, procurar mais informação, naturalmente a influência de nossos Valores prévios será amenizada no impacto de nossas atitudes. É o famoso contar até 10. Investigar Valores evita o Eterno Retorno do mesmo. Prática para separar o Julgar do Pensar: Como Pensar e Julgar estão fortemente unidos dentro de nós, é preciso um esforço para Separar os dois e poder olhar para cada um individualmente. Como fenômenos diferentes, um trata os eventos e fatos, ou seja, o concreto o real, o ou- tro avalia o impacto destes fatos em nós, e é Emocional. Para separar, desenhe a figura de uma Casa, Árvore etc algo físico, real e escreva dentro dela os Fatos ou pensamentos acerca de fatos que quer analisar, depois, acima da Casa desenhe uma Nuvem ou algo menos concreto. Dentro da figura escreva os seus Julgamentos a respeito dos Fatos depois, procure identificar quais Valores estão dando suporte a estes Julgamentos, pode fazer Bolinhas ao redor da Nuvem e escrever os Valores dentro. Questione se ainda são válidos. Agora observe os dois conjuntos e desenhe Riscos ligando a Nuvem e a Casa e, escreva sobre eles as Ações que vai rea- lizar para dar o melhor encaminhamento aos assuntos. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 11. 10 Somos todos loucos? A resposta é "Sim". A chamada Normalidade, ou norma, ou forma, é apenas um ideal criado pela Cultura em que vive- mos. Porém, ninguém segue totalmente este padrão. Seus desvios tendem a ser vistos como Loucura, ou melhor, a lou- cura de cada um. A maior Loucura é a busca desenfreada da Normalidade. Quando convivemos com alguém, de fato, estamos muito próximos destes desvios ou loucuras, e se não partilharmos com o outro, nos separamos. O convívio passa pelo ajuste continuo destes desvios. É necessário um certo afrouxamen- to de ambas as partes para uma acomodação. Conviver é partilhar desvios sociais e culturais. Além de nossas preferências, que podem ser estranhas, temos as mudanças constantes vindas de fora, que geram mu- danças nas nossas atitudes, forçando alterações inesperadas em nós e no outro. O mundo muda e nós mudamos com ele. Observar a nós mesmos e ao outro para perceber estas variações constantes é a chave para um processo de flexibiliza- ção e ajustes necessários ao bom convívio e a Vida Boa. Conhecemos este processo como Compaixão, diferente de aceitação pura e simples das diferenças, é uma elaboração criativa e contínua que leva para Ação e desenvolve a Lide- rança de Si Mesmo. Prática para criar Compaixão: Somente com uma Observação profunda e com julgamento controlado do outro e de si mesmo você pode criar ações visando Diminuir o sofrimento de ambos. De nada adianta dizer "eu te amo" e não fazer nada para amenizar as dores, ou ainda deixar de lado as diferenças, pois elas vão voltar mais fortes. Para observar, desenhe um círculo e escreva dentro dele o que o outro fez que te chateou. Imagine como ele pensa, como ele se sente, com o maior detalhe que conseguir. Depois desenhe outro círculo em torno deste e descreva o seu comportamento, pensamentos e sentimentos, dispara- dos pelo ação outro. Seja detalhista. Para finalizar, observe o que escreveu nos círculos, procure coincidências, pontos em comum e também as diferenças, pontos divergentes. Agora desenhe setas ligando estes pontos, o sentido deve ser de dentro para fora para as coinci- dências e o inverso para as diferenças. Estas setas devem se prolongar para fora do círculo externo e você vai escre- ver neste prolongamento as ações que vai realizar para diminuir o sofrimento de ambos. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 12. 11 O que são processos de Baixa Energia? São processos baseados em Reflexão seguidos de Ações Conscientes. Estamos muito acostumados a dar e obter Respostas rápidas. Queremos tudo para ontem, agimos antes do Tempo e com muita energia. Resultado disto, baixa efetividade, repetição de tarefas, altos custos, angústia e estagnação. Ter coragem de Brecar e reduzir a energia empregada, silenciar, contemporizar, apreciar, dar um tempo para as coisas fica- rem claras, cria espaço privilegiado de Aprendizado e Mudanças Efetivas, vindas de dentro para fora. Mudanças efetivas brotam de dentro para fora. Aprender com o outro que tem um Ritmo diferente do seu é um desafio. Normalmente ficamos impacientes e queremos atropelar as pessoas mais lentas ou brecar os mais rápidos. O respeito é uma forma de aprendizado e expressão de nosso Amor pelo outro, além de ser uma ótima oportunidade de conhecer e avaliar novas formas de ação. A profundidade das mudanças é inversamente proporcional à energia empregada. Criar ou mudar a forma de fazer algo exige de nós um amplo processo Mental, Emocional e Físico, que não pode ser exe- cutado com qualidade quando estamos abalados ou movidos pela pressa. A criatividade depende de tempo e condições adequadas para ocorrer, senão o que temos é a repetição, pura e simples daquilo que já conhecemos e sabemos fazer. Pressa é tensão constante. Velocidade é Atenção permanente. O Emocional desequilibrado bloqueia a criatividade. Prática para adotar Baixa Energia: Reflita sobre algo que deseja mudar em você, qualquer coisa que te incomoda e que sempre se repete, gerando resulta- dos inadequados. Escreva algumas linhas sobre isto abrangendo O Que ocorre, Como ocorre, quais Resultados são obtidos, em especial, quais Ações você deseja realizar para mudar esta situação. Guarde estas anotações por alguns dias, sem olhar para elas, mas continue refletindo sobre o assunto. Após estes período, escreva novamente sobre o assunto, sem ler as anotações anteriores, apenas o que se recorda e as novas reflexões, guarde também estas novas anotações. Repita este processo sempre sem ler as anotações anteriores, até que as mudanças desejadas sejam efetivas. Destrua to- das as anotações. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 13. 12 É um erro buscar o sucesso? Claro que "Não". Porém, se para obter este Resultado destruírmos nossas Relações, o que teremos finalmente não será positivo, nem para nós, nem para os outros. A questão humana é estar no Mundo com os outros e não apenas obter Resultados. Ninguém faz nada sozinho, especialmente hoje em dia, em tudo que fazemos dependemos de muitos outros, visíveis e in- visíveis, mas mesmo assim ouvimos pessoas dizendo que "venceram sozinhas". É claro que não, talvez estejam dizendo que venceram por sua vontade própria, mas se esquecem que na execução dependeram de muitos outros para vencer. Quando focamos somente no Poder para o Resultado e esquecemos o Amor da União, acabamos fracos. Devemos exercer nosso Poder, também para nos mantermos Unidos aos outros, tanto aqueles mais próximos, quanto aqueles que parecem não estar nos ajudando diretamente. Praticar a Gratidão é uma forma de estar Unido. Um "Grato" ou "Obrigado" geram grande efeito multiplicador. A Razão individualiza. A Emoção multiplica. Podemos sempre Agradecer aos outros de muitas formas, use a criatividade, inove, surpreenda, dê um elogio fora de hora, reconheça um ideia, parabenize, dê um beijo, um sorriso, um olhar etc. Tudo que fazemos de coração para coração, tem um efeito cascata, quem recebe quer retribuir e espalhar, criando uma onda positiva. Se queremos algo novo, necessariamente, temos que fazer diferente. De modo suave podemos iniciar uma Revolução. Prática para desenvolver a Gratidão: Por uma semana, pelo menos três vezes ao dia, Agradeça a alguém que não está diretamente ligado ao seu Resultado. Pessoas desconhecidas que te servem no restaurante, na padaria, no posto de combustível, prestadores de serviço, como entregadores, faxineiros, garis, seguranças, jornaleiros, motoristas etc. À noite lembre, reflita e anote como foram estas experiências, o que você fez, ou disse, qual a reação do outro, como você se sentiu, quais os aprendizados. Agora mantenha esta rotina e inclua os Agredecimentos para pessoas diretamente ligadas a você, em casa e no trabalho. Da mesma forma, de noite, antes de dormir, lembre, reflita e anote como foram as reações, e se você está notando uma mudança em você e nos outros. Estimule a todos para espalhar e ampliar o alcance. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog do MVA
  • 14. 13 Nós humanos temos como marca de nossa existência a busca pelo Supérfluo, isto é, buscamos além de nossas necessi- dades básicas de sobrevivência e nos diferenciamos dos outros animais exatamente por isto. Nós vamos muito além, que- remos os chamados bens de Estimulação como a Cultura, a Arte, a Música, o Conhecimento, a Descoberta, a Aventura, a Viagem etc. A vida é Liquida, não adianta se fechar, ela entra pelos poros. Os chamados bens de Consumo geram conforto temporário, assim que nos acostumamos, eles deixam de ter o valor que tinham inicialmente, e queremos mais e melhores produtos. Vamos em busca de novidades, algo de fora que complete nosso vazio interior. É uma busca de completude infindável, conduzida pelo nosso Poder de consumo. Quando tudo está resolvido é que começam realmente os nossos problemas. Esta completude pode ser melhor realizada nas Relações (Amor) e não no consumo de bens. Em especial nas relações que nos dispertam para o nosso próprio Desenvolvimento e para o aprimoramento da Vida Boa. Não estou apenas falando das Relações Humanas, incluo aqui qualquer contato com a Arte, com a Natureza (como espetáculo), etc com os Bens de Estimulação, que aqui chamo de Dádivas. O Conhecimento valioso é Abstrato. É preciso criar um espaço para que estas Dádivas ocorram e sejam reconhecidas e apreciadas. Se estivermos muito liga- dos aos Bens de Consumo talvez, não consigamos perceber estas manifestações e perderemos os benefícios de estar Unidos a elas. O trabalho da Vida é a busca do Conhecimento. Prática para perceber a Dádiva: O que fica dentro de nós, no longo prazo, é o que tem alto significado, isto é o que mobiliza, primeiramente, nosso Emocio- nal, mesmo que ainda não tenhamos compreendido totalmente, depois vamos para o Racional, buscar mais informações e compreender melhor. Geralmente o que tem alto significado é obtido como uma Dádiva. Por exemplo, nossa Vida. Nós não pagamos por nossas vidas, também não pagamos pelo Amor que recebemos dos outros, como não pagamos pelo aprendizado adquirido nas relações. Tudo isto vem de graça e tem altissimo valor para nós. Para perceber a Dádiva precisamos reconhecer quando e como, este alto significado ocorre. Ela normalmente se manifes- ta em nosso Físico, antes do Mental. É primordialmente Emocional e fortemente ligada ao Físico. Quando algo nos mobili- za nosso coração acelera, a respiração encurta, sentimos um nó no estômago, um arrepio na coluna, mãos suadas, quase como um susto. Devemos ficar atentos e perceber estas mensagens de nosso sistema e deixar fluir um pouco mais, identificar de onde está vindo esta energia e o que ela nos diz. Tente não racionalizar muito rápido, espere um pouco, curta a onda Emocional e Física. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog MVA
  • 15. 14 A escolha é um processo Emocional (assim como a Atenção) mas temos a impressão de que é Racional, especialmente quando pensamos e ponderamos muito para decidir. O que ocorre, na maioria das vezes, é que procuramos muitas informações para ter mais certeza de que estamos certos, porém, em alguns casos este volume de informações ao invés de ajudar prejudica e gera enorme confusão e turbulência. Quanto maior for a quantidade de opções, mais desafiadora será a escolha, pois opções representam caminhos que po- demos seguir e estes por sua vez se desdobram, além disto, cruzam com os caminhos dos outros. O que está em seu interior é refletido no exterior por suas escolhas. Parte da solução vem da redução de opções e outra da avaliação do impacto destas possibilidades sobre os outros envol- vidos. O cruzamento deste dois revela a melhor escolha. Este desafio é proposto para humanidade com um todo. Escolher é Criar possibilidades de mudança que não limitem nosso desenvolvimento e dos outros. Você deve levar em conta seus interesses, porém sem eliminar o interesse do outro, buscando equilíbrio entre o Amor e o Poder. Escolher é verificar a melhor possibilidade de realizar a Vida Boa. Prática para exercitar Escolhas Boas: Como processo Reflexivo, escolher, passa por duas etapas. Uma é listar opções e avaliar seus prós e contras e outra, é escolher. Elas ocorrem em tempos distintos. Primeiro liste suas opções em círculos separados, alinhados um sobre o outro, e em frente, o mais distante possível, ou- tros círculos representando as outras pessoas envolvidas. No centro, entre eles, um círculo maior com seu nome. Agora inicie a avaliação de cada opção. Primeiro com você, para os prós use tinta azul e para os contras vermelha ou ou- tras cores que quiser. Desenhe linhas ligando as opções até você e escreva sobre elas cada pró ou contra. Depois, de cada uma destas linhas, partindo de você desenhe linhas ligando com as outras pessoas e da mesma forma coloque prós e contras. Perceba que devem existir inversões, os prós para você em determinada opção se tornam contra para ou- tras pessoas. Observe o desenho e em particular as inversões de prós para você, e contras para outros. Isto pode indicar escolhas ruins. Claro que as melhores seriam as opções com maior quantidade de prós, sem inversão para outros. Fique com a imagem, guarde a folha e decida depois. Se não conseguir decidir, volte ao desenho e elimine algumas op- ções, até ficar com duas e dai fique com esta nova imagem e decida depois. Reflita. Tente perceber seus sentimentos em relação a elas, a melhor vai dar sinais claros em seu físico. Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa. Comentar no Blog MVA
  • 16. 15 Outros Textos sobre Atenção Esta obra é construída por todos, então, gostaria de receber seus Comentários no Blog do MVA. Grato. Blog do MVA
  • 17. 16 Atenção para a Abundância “O universo é abundante, então, por que me faltam as coisas ?” O modelo de escassez não é natural; ao darmos mais Atenção para o que falta, ficamos presos e com medo de sofrer as privações do ambiente escasso e não abrimos o espaço para que o Universo nos ofereça sua Abundância. Por Exemplo: Quando amamos, tentamos evitar perder este amor e aprisionamos o objeto amado ao invés de libertá-lo e vê-lo crescer; tememos perde-lo e acabamos, por afastá-lo cada vez mais, vivendo assim a escassez. No trabalho, evitamos perder nossa posição e tomamos várias atitudes defensivas, que não nos desenvolvem e muito menos aos outros; nos negócios pren- demos os clientes e lamentamos os que se vão e quase nunca comemoramos os novos que chegam. Todas estas atitudes reduzem a energia abundante disponível no Universo, ao darmos mais Atenção ao que falta, ou poderia vir a faltar, restringimos nossa capacidade natural de expansão e crescimento. Temos como mudar esta forma de Atenção, do escasso para o Abundante? Sim, o caminho vem pela prática da meditação, ela nos conecta a esta energia abundante do universo, pois quando meditamos, vencemos as barreiras do ego, super protetor, e vivemos as experiências sem os limites físicos e através da conexão com o todo, temos acesso à riqueza de possibilidades infinitas. Devemos então nos concentrar na energia do amor, para que ela não acabe; na família e no trabalho devemos cultuar o crescimento de todos e comemorar cada conquista, vitórias e datas festivas, atraindo sempre o melhor. Na meditação crie imagens de você mesmo esbanjando saúde, feliz, com tudo que deseja a sua disposição, evite impor qualquer tipo de limite, em nossa mente não há limites, como também no Universo onde tudo esta disponível e abundante. Sempre reúna a família e os amigos para comemorar suas conquistas e vitórias, por menores que sejam. Não deixe para depois, comemore a data o mais rápido possível e com a maior felicidade que possa promover, isto funciona como um amplificador e multiplica a abundância. Somos todos parte de um mesmo Universo e tudo que existe nele esta disponível, foque sua Atenção nesta disponibilidade, tudo que existe foi criado junto com você e faz parte das possibilidades infinitas existentes nele. Um instante de Atenção Plena, pode valer por horas de Desatenção! Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
  • 18. 17 Atenção e o Tempo Por que ouvimos todas as pessoas dizendo: “Não tenho tempo para mais nada” A mim me parece que este Tempo que as pessoas estão se referindo, não é o tempo natural, orgânico, mas sim o tempo da máquina, acelerado pela evolução da era industrial e artificialmente contado e controlado para remunerar o trabalho das pessoas. Este “Tempo Máquina” tornou-se padrão para a nossa sociedade e com o avanço das tecnologias da aceleração desenfreada, nos sentimos cada vez mais desconecta- dos da realidade e separados da natureza e dos outros seres do planeta, que vivem o “Tempo Orgânico”. Esta sensação é tão forte e presente que chegamos a afirmar que o dia não tem mais às 24 horas. O tempo orgânico, diferentemente da máquina, é o tempo do Jardineiro, que prove os meios e aguarda até colher os resultados, ele prepara a terra, planta a semente, rega e espera que o processo natural de florescer, lhe de os frutos desejados. Sem angústia, a natureza foca sua Atenção no processo e obtém os resultados ao seu tempo, nós queremos ser como as máquinas e focamos nossa Atenção no resul- tado e o tempo decorrido no processo é visto como um problema. Por exemplo: quando entramos no nosso carro, para ir a algum lugar, imediatamente já estamos lá, como se fosse tele-transporte, e o tempo decorrido no processo (trajeto) não é vivido, sendo visto como indesejado e inoportuno, o transito então passa a ser algo insu- portável, pois ele nos traz a real dimensão de nossa condição natural. Se focamos nossa Atenção apenas no resultado, o processo e as pessoas perdem a importância e dispomos de todos os meios, para alcançar os fins desejados. Acele- ramos ao máximo e descartamos, logo a seguir, todas os insumos utilizados, incluindo o próprio resultado, que logo deve ser refeito ou substituído. Este processo de consumo e descarte, desenfreado, esta acabando com os recursos do planeta e distorcendo o tempo, uso sempre a força representativa das imagens de “Relógios Derretidos”, de Salvador Dali, como imagem para esta situação, para mim, parece que Dali quis mostrar que o tempo acelerou tanto, que os relógios derre- teram pelo aquecimento, não sei se realmente esta foi a sua intenção, mas como a obra pertence a quem a observa, eu me dou a liberdade interpretativa. É possível reverter ou amenizar esta sensação de aceleração do tempo? Sim, o caminho é colocar nossa Atenção no “Momento Presente”, mas isto já ouvimos muito, porem o que proponho é focar no processo, se fizer isto com afinco, posso chegar a ter a experiência de parar o tempo; na nossa consciência não existe o tempo contado pelo relógio e sim à sensação de sua passagem; porem o que passa, neste caso, somos nós e não o tempo, daí afirmar que viver é estar atento a cada instante, aproveitando o momento presente. Na nossa consciência o tempo é sempre relativo ao Observador (Atento); por exemplo: os tempos passado, presente e futuro, são todos vividos simultaneamente e de forma aleatória e difusa; não vivemos dentro de nós o processo linear da máquina, mas sim o processo cíclico do orgânico, e quando sentimos a sensação de acelerar os pensamentos, sentimos um grande desconforto e desconexão. Exercício: Experimente contar o tempo dentro de você, marque no relógio o início de um minuto, feche os olhos e controle mentalmente a passagem deste minuto, quan- do achar que acabou, olhe o relógio; possivelmente você terá uma surpresa, caso você esteja ansioso o seu minuto deve ter sido menor que o do relógio, mas se estiver calmo e relaxado, deverá obter um minuto maior; é isto que ocorre quando temos muitas tarefas a fazer, a sensação é que o tempo encolhe, e ele realmente diminui, pois estamos ansiosos para cumprir tudo, focamos nos resultados e não vivemos o nosso processo. Todos nós queremos ter mais tempo, para viver, para amar, para trabalhar, enfim, o tempo é uma grande riqueza, se pudermos, de algum modo multiplicá-lo, seremos então cada vez mais ricos. A Atenção é a chave para o resgate do tempo, através dela nos conectamos a nossa natureza e o tempo externo deixa de ser um limitador; a cada tarefa, eu desafio o tempo com a minha Atenção e vivo dentro de mim, de forma relaxada e produtiva, o meu próprio tempo. Um instante de Atenção Plena, pode valer por horas de Desatenção! Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
  • 19. 18 Déficit de Atenção “Em quantos estamos nesta sala?” Ouvi pela primeira vez esta frase, quando apresentava, para um grupo de executivos de Informática, o resultado de um processo de levantamento de informações, visando ajudá-los a tomar a Decisão sobre qual tecnologia deveria ser adotada para o desenvolvimento futuro de sistemas na empresa. Todos estavam com seus Notebooks, conectados à rede corporativa da empresa, via Wireless (Conexão sem fio), PDAs, Celulares (alguns com 2 aparelhos) e, além de usá-los, haviam as interrupções através do ramal da sala de reuniões, dirigidas ao diretor da área. No decorrer do tempo, notei que, mesmo nos momentos de maior complexidade, nenhuma questão me fora feita; decidi, então, testar o quanto a audiência estava atenta e, como fazia um velho professor meu, troquei de assunto. Minha surpresa foi enorme, pois durante quase 5 minutos, ninguém notou a troca! O diretor, o primeiro a perceber a manobra, aguardou um tempo para ver quando os outros notariam, mas logo perdeu a paciência; me interrompeu e perguntou a todos: “Em quantos estamos nesta sala?”; a resposta óbvia foi dada - 6 pessoas, contando comigo, porém ele insistiu e queria saber quantas pessoas “Virtuais” também estavam presentes à reunião. Em uma rápida contagem, pasmem: éramos mais de 30! Todos liam e respondiam E-mails o tempo todo; uma pessoa participava de um chat com outras 8, espalhadas pela América Latina, verificando uma falha do ERP (Sistema de Gestão Integrada); outra estava dando suporte no uso de PowerPoint (software para criação de apresentações) para o Diretor de Marketing e o mais incrível é que um dos presentes admitiu, estar acompanhando ao vivo, pela Internet, uma partida de Tênis de Wimbledon, onde a tenista russa Maria Sharapova desfilava seus dotes. Não sei se o que estou relatando ocorre em todas as reuniões, mas, nesta, só foi possível avançar com os trabalhos quando todos desligaram seus aparelhos e consentiram em dar a devida Atenção ao assunto, que poderia determinar, em parte, o futuro da Empresa, além de envolver grandes somas de investimentos e anos de comprometimento. Ele lembrou a to- dos, que a Decisão a ser tomada era definitiva e que toda a Atenção deveria estar sendo dada naquele momento, pois não haveria outra reunião para tratar do assunto. É possível tomar uma Decisão acertada estando Desatento? Acho que não, mas hoje em dia as pessoas estão mais preocupadas em estar Conectadas às outras, com medo de perder alguma coisa, do que, em se concentrar em algo. O Déficit de Atenção causado por este comportamento tem custado milhões às Empresas, pois no afã de saber sobre e estar antenado em tudo, comprometemos nossa capacidade de nos Concen- trar no que realmente importa; tudo passa a ter o mesmo peso. O atual ambiente de trabalho, no qual as pessoas são Bombardeadas por milhares de Informações e Estímulos de Cone- xão, prejudica a capacidade de focalização. A falta de Foco, ou a capacidade de se concentrar, por algum tempo, em um único assunto, afeta profundamente a Reflexão sobre os fatos e a correta análise da Cadeia de Causa/Efeito dos Eventos, presentes e futuros. As Decisões tomadas sem as devidas considerações têm, como resultado, Empresas que duram pouco ou têm seu futuro comprometido. É fato que as pessoas apresentam graus variados de tolerância aos estímulos e, em determinados momentos, são mais ou menos afetadas. Se temos dificuldade de concentração em um determinado dia, nenhum problema, mas se notamos que não estamos conseguindo nos concentrar frequentemente, devemos procurar criar mecanismos de apoio e proteção à nos- sa Atenção. É possível melhorar este nível de Desatenção? Sim, podemos começar por regras simples de uso das atuais tecnologias, que deveriam nos apoiar, ao invés de nos prejudicar; este pode ser um bom ponto de partida. Pergunte a você mesmo: o E-mail está te ajudando a ficar mais Atento e Produtivo ou está te atrapalhando? Quanto tempo você passa lendo e respondendo Mensagens? E o Celular? Algumas pessoas se tornaram escravas dele e não conseguem desligá-los nunca. Alguns dados, de pesquisas internacionais, indicam que os executivos passam metade do dia de trabalho envolvidos com tratamento de Mensagens e que apenas 5% do tempo tem sido utilizado para Resolução de Problemas e Tomada de Decisões. A cada dia a quantidade de Mensagens, de todos os tipos, tem crescido e temos que nos organizar para tratá-las dentro de um tempo que não comprometa as atividades mais nobres. Por exemplo, determine horários fixos para a leitura de E-mails, não ficando com a Caixa Postal aberta o tempo todo; faça o mesmo para os Chats, não ficando disponível para conver- sas em qualquer momento - marque horários, como se fossem reuniões; use melhor o Correio de Voz de seu Ramal interno e Celular e sempre responda aos recados em horários fixos, divulgados nas mensagens de atendimento. Um instante de Atenção Plena, pode valer por horas de Desatenção! Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
  • 20. 19 A Economia da Atenção Imagine-se em pleno duelo de espadas, frente a frente com a Morte; neste exato momento você lembra daquele e-mail que estava esperando: “Será que chegou?”. Pronto, seu oponente, mais Atento ao momento Presente, lhe faz um buraco na barriga. Lutas de espadas, ou sabres de luz, estão novamente na moda, porém os “Jedi”, personagens da Saga de Guerra nas Estrelas, aparentemente não têm este problema, pois contam com a Força, difícil de desenvolver, porém extremamente útil. Mas, o que é esta Força? A mim, parece algo semelhante à Atenção, num alto nível de desenvolvimento, e eles a utilizam para se Concentrar Plenamente e derrotar seus oponentes; mas, será que ela só serve para isto? Hoje em dia nós não temos que lutar com espadas; ou será que temos? Sempre que vejo estes filmes, me pego pensando: “Como seria bom poder contar com esta Força!”. Será que é possível desenvolver a Atenção, a ponto de reconhecê-la como uma mani- festação desta Força? E se for possível, qual o valor desta “super” Atenção para a economia atual, a chamada, dentre outros nomes, de Economia do Conhecimento? Como Conhecimento só pode ser adquirido através da Atenção, parece, então, que o bem escasso que esta Economia deveria tratar de desenvolver é a Atenção e não o Conhecimento, ou mesmo a Informação, já tão abundantes. A Atenção é limitada dentro de cada um de nós e seu valor será tão maior quanto maior for o Conhecimento necessário para realizar as ativida- des do dia-a-dia. Herbert Simon, pai da Inteligência Artificial e Prêmio Nobel de Economia, estudou o processo de tomada de decisões nas Corporações, altamente complexas e cunhou uma máxima que exprime este paradoxo: “Riqueza de Informação, cria Pobreza de Atenção!”. Se, economicamente, a expansão do Capital levou ao desenvolvimento do Capitalismo, a expansão da Aten- ção levaria ao desenvolvimento do “Atencionismo” (acabei de inventar...) ou à evolução da Economia da Atenção. Crescemos ouvindo que o Maior engole o Menor; depois percebemos que o mais Rápido ultrapassa o mais Lento; e hoje podemos dizer que o mais Atento vence o Desatento. Um dos sinais disto é o esforço empreendido nos programas de CRM, que tentam, mas nem sempre conseguem, manter a Atenção focada nas necessidades e particularidades dos Clientes: regis- tram montanhas de Informações para oferecer atendimentos mais efetivos e formatar ofertas mais atraentes, porém... Com estas e outras ações, o volume disponível de Informações tem crescido cada vez mais, a ponto de dobrar a cada 20 meses, no mundo, e nada indica que tal crescimento vá parar ou diminuir. Nossa única saída, então, é desenvolver a Atenção e amenizar a sensação de Frustração de não dar conta. Qual é o Caminho para este desenvolvimento? Curiosamente, o Caminho também é um aparente paradoxo e retrocesso, pois sugere que devemos nos centrar em nós mesmos para recuperarmos o poder de concentração (no treina- mento dos Espadachins também é assim). É através do resgate das Características Primordiais da Atenção que podemos abrir espaço para o que realmente importa e é essencial para o nosso sucesso, ou seja, o segredo está dentro de nós! A Atenção foi criada e aprimorada pela Evolução, com o intuito de maximizar as chances de sobrevivência e proliferação da espécie humana. O Processo Natural de Atenção foca nossas Necessidades Primárias e as coisas de maior Significado, para nós, pulam para frente da Mente. Sempre que tentamos nos concentrar em algo que não damos valor, o mecanismo de Sa- ciedade procura logo outra coisa para atender. A Atenção, como Processo Biológico, prioriza o que nos satisfaz, dá prazer e alegria; não adianta tentar forçar - ela foi feita para isso; é através dela que nos tornamos felizes e ser feliz é o principal objetivo de nossa existência. Sempre que quiser dar Atenção a alguma coisa, procure inicialmente os aspectos que te dêem prazer e alegria e, a partir deles, vá se envolvendo com o todo. Outra parte do Caminho é viver o Momento Presente: quando estamos presos no passado ou ansiando pelo futuro deixamos de estar Atentos e focados na nossa existência. É fácil perce- ber o quanto estamos ausentes deste mundo, pois não nos sentimos incluídos na natureza, nem quando estamos trocando energias vitais com o meio ambiente. Pense: quando foi a últi- ma vez que você ficou atento ao seu peso contra o chão (talvez só quando o seu pé estava doendo, como o meu está agora), ou ao ar entrando e saindo dos seus pulmões, ou ao calor do sol na sua pele, ou a suavidade da água ou de um carinho. É através do resgate destas sensações que podemos nos sentir presentes e fazendo parte. Quando não estamos presentes, não fazemos o que realmente queremos fazer e, se fizermos, não vamos aproveitar os benefícios, além de sentirmos uma sensação de vazio e insatisfa- ção constante, a qual gera um distanciamento da realidade e uma desatenção inevitável. Para vivenciar isto, pare de ler e preste Atenção à sua respiração: apenas por 1 minuto, tente limpar sua mente; mas não faça isto com esforço ou punição, não julgue, apenas se concen- tre no ar, entrando e saindo. Se necessário, conte quantas vezes você respirou neste minuto, pois a contagem ajuda a clarear a mente; se outros pensamentos vierem, deixe que vão em- bora e, suavemente, reconcentre-se na respiração. Use este minuto para você, para a sua natureza. Outro ponto é a nossa relação com o tempo: nós somos um Sistema Vivo e temos que parar de nos comportar como máquinas ou fábricas com seus processos lineares e de tempo artifici- almente contado para remunerar, proporcionalmente, a contribuição de cada trabalhador ao produto final. Este tempo artificial (da fábrica) se tornou padrão (Tempo é Dinheiro!) e contami- nou tudo; agora achamos que não temos tempo para mais nada e que ele corre cada vez mais depressa; é claro, quanto mais rápido produzimos, mais rápido ele passa. Temos que elimi- nar esta distorção e parar de usar o tempo como limitador: se estivermos Atentos, como o Espadachim, o tempo ganhará outras dimensões e não apenas a do relógio. Um instante de Atenção Plena pode valer por horas de desatenção! Poder, Amor e Criatividade em Equilíbrio, na busca da Vida Boa.
  • 21. Termos do Glossário Relacionados Índice Movimento de Valorização da Atenção Blog MVA -> http://mvatencao.blogspot.com.br/ O Homem de Atenção Curtir -> http://on.fb.me/10lsdOy Grupo MVA -> http://bit.ly/scQ1aW
 Vídeos MVA -> http://www.youtube.com/user/rpangelelli1/videos Roberto Angelelli Solicitação de Palestras e Seminários: Twitter @angelelli Email rpangelelli@gmail.com Tel 55 11 985854547 Arraste os termos relacionados até aqui Buscar Termo