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Assunto-Re: Cibercultura a 8 mãos: morte, permanência, renascimento e métodos. Para
      uma epistemologia da cultura das redes1

      Adriana Amaral2 (coordenadora)
      Maria Clara Aquino3
      Erick Felinto4
      Sandra Portela Montardo5

      Universidade Tuiutí do Paraná – UTP-PR/Facinter-PR
      Universidade Luterana do Brasil/Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
      ULBRA/UFRGS
      Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ
      Centro Universitário Feevale - FEEVALE

      Resumo

      Assunto-Re: Cibercultura a 8 mãos: morte, permanência, renascimento e métodos. Para uma
      epistemologia da cultura das redes é uma mesa temática que reúne quatro trabalhos de
      pesquisadores do campo da Comunicação que concentram suas pesquisas em torno da
      Cibercultura e seu desenvolvimento teórico e metodológico. Problematizar teorias e métodos,
      questionar conceitos e elaborar um panorama do contexto atual da pesquisa em Cibercultura
      é a proposta dessa mesa temática, que através dos quatro trabalhos que a compõem, busca
      tensionar as discussões em torno dos avanços e das deficiências e carências das investigações
      atuais do campo.

      Palavras-chave

      Cibercultura; Metodologia; Teoria; Netnografia; Análise de Redes Sociais




      1
         Proposta de mesa temática apresentada ao eixo temático “Entretenimento, práticas socioculturais e
      subjetividade”, do III Simpósio Nacional da ABCiber.
      2
        Doutora em Comunicação Social pela PUCRS com Estágio de Doutorado no Boston College, EUA. Professora
      e pesquisadora do Programa de Mestrado e Doutorado em Comunicação e Linguagens da UTP-PR e do curso de
      Comunicação Social da Facinter-PR. Sócia-fundadora e Membro do CCD da ABCiber. E-mail:
      adriamaral@yahoo.com
      3
        Jornalista pela Universidade Católica de Pelotas - UCPEL (2005), Mestre (2008) e Doutoranda em
      Comunicação e Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade
      Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; Professora do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da
      Universidade Luterana do Brasil - ULBRA. E-mail: mcjobst@uol.com.br
      4
        Professor do PPGCOM UERJ e pesquisador do CNPq. Autor dos livros "A Religião das Máquinas: Ensaios
      sobre o Imaginário da CIbercultura"e "Passeando no Labirinto: Textos sobre as Tecnologias e Materialidades da
      Comunicação". Foi presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação No Biênio 2007-2009 e
      atualmente é membro dos Conselhos Científicos da Socine e da Abciber.
      5
        Doutora em Comunicação Social pela PUCRS (2004). Professora e pesquisadora do Centro Universitário
      Feevale, no Mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade e no Mestrado em Processos e Manifestações
      Culturais. Atua no projeto Comunicação Corporativa em tempos de Conteúdo Gerado pelo Consumidor: desafios
      e tendências (CNPq) e é líder do Projeto Inclusão Social via Socialização On-line de Pessoas com Necessidades
      Especiais (PNE)(CNPq).
                                                                                                                 1


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
Proposta da mesa


      Cibercultura no Brasil: uma breve contextualização


              O fortalecimento da legitimidade da Cibercultura como um domínio de estudos
      científicos dentro do campo da Comunicação tem intensificado-se através de diversos fatores,
      que se perfazem na produção bibliográfica docente e discente dos programas de pós-
      graduação, na criação de grupos e linhas de pesquisa nesses programas, que se focam no
      estudo do tema, e de grupos de estudo pertencentes a entidades como a Compós6 e a
      Intercom7. Com a criação da ABCiber8, a Cibercultura avança mais uma etapa na busca de
      sua consolidação no âmbito científico e passa ter uma representação nacional dedicada
      exclusivamente a um trabalho de legitimação da pesquisa nacional.
              A popularidade desse domínio de investigação também contribui para a solidificação
      da Cibercultura como um campo de estudos científico. Tal fato se percebe não só pelos
      fatores citados acima, mas também pela colocação do Brasil no ranking de países com o
      maior tempo de navegação na Internet. Em janeiro de 2009, segundo dados do
      Ibope/NetRatings, o Brasil ficou em primeiro lugar em termos de público que passa mais
      tempo navegando na Internet, com um tempo médio de 24 horas e 49 minutos9. O uso de
      ferramentas de comunicação online no país também indica que a Cibercultura tende a crescer
      como campo de estudos. Segundo relatório da Nielsen Online, 80% dos internautas brasileiros
      visitaram redes de relacionamento e blogs ao longo de 200810. O Twitter11 também é um bom
      exemplo do aumento do uso dessas ferramentas pelos internautas brasileiros. De acordo com a
      pesquisa realizada pela Bullet12, estima-se que existam mais de 110 mil usuários ativos no
      Twitter que escrevem em português. Há que se lembrar também o papel dos brasileiros na
      rede social Orkut13. Inserida no Brasil em 2004, inicialmente a rede social pressupunha que
      cada usuário fosse convidado para entrar no sistema por outro que dele já fizesse parte e logo
      os brasileiros foram convidando seus amigos a participarem da rede. Na época, instaurou-se

      6
        Compós – Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação
      (http://www.compos.org.br)
      7
        Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (http://www.intercom.org.br)
      8
        ABCiber – Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (http://abciber.org)
      9
        Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/brasileiros-sao-lideres-acesso-internet-422706.shtml
      10
         Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasil-o-pais-que-reina-nas-redes-sociais-06042009-41.shl
      11
         http://www.twitter.com
      12
         Fonte: http://bullet.updateordie.com/?s=pesquisa+twitter
      13
         http://www.orkut.com
                                                                                                                       2


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
uma espécie de competição entre americanos e brasileiros para a ocupação da liderança do
      número de usuários do Orkut e, em menos de seis meses, o Brasil tomou a liderança dos
      Estados Unidos. Hoje, ocupa a primeira posição, com 51,33% dos usuários da rede. Em
      segundo lugar está a Índia, com 19,77% e em terceiro os Estados Unidos, com 16,82% do
      número de usuários do Orkut.
              Diante desse cenário digital, que aborda diversas outras formas de comunicação
      online, o Brasil cresce em termos de uso da Internet e de tecnologias digitais e assim, a
      Cibercultura torna-se um campo de estudos bastante amplo, que oferece novas temáticas e
      novos objetos de estudo. Para dar conta desses objetos e temáticas, a Cibercultura pressupõe
      um aporte teórico e metodológico que abarque suas especificidades, de forma a cumprir os
      requisitos fundamentais da pesquisa científica. O fenômeno tem sido investigada a partir do
      “empréstimo” de teorias e métodos de diversas áreas, na medida em que pode ser analisado a
      partir de áreas como o Direito, a Informática ou a Administração, por exemplo. No entanto, o
      que interessa para os pesquisadores que compõem a proposta dessa mesa é o estudo da
      Cibercultura no âmbito da Comunicação e, nesse contexto, o que se visualiza é a investigação
      da Cibercultura através do “empréstimo” das teorias e metodologias utilizadas na pesquisa em
      Comunicação. É fato que o uso desse aporte teórico e metodológico é necessário,
      imprescindível dentro desse contexto, porém, as particularidades da Cibercultura fazem com
      que as teorias e metodologias tomadas da Comunicação tenham que sofrer adaptações, as
      quais muitas vezes são insuficientes para analisar e avançar a pesquisa do campo. Alterações
      nos processos comunicacionais, novos espaços de interação, pós-humanismo, são apenas
      algumas das questões que norteiam a Cibercultura e que carecem de teorias e métodos
      suficientemente capazes de abordar o fenômeno.
              Ao mesmo tempo em que a Cibercultura avança em termos de legitimação como
      campo de pesquisa científica, a preocupação com os problemas teórico-metodológicos vem
      crescendo no cenário internacional e nacional. A título de exemplo, pode-se citar autores que
      tem lançado-se nas investigações acerca de novos aportes teórico-metodológicos para os
      estudos em Cibercultura em âmbito internacional; como Jones (1997), que reúne em uma
      coletânea de artigos sobre pesquisa crítica na Internet, Macek (2005), que busca traçar
      categoricamente a cronologia do desenvolvimento da Cibercultura; Kozinets (2002), que
      propôs o temo netnografia; Hine (2000, 2005), que inicialmente adotou e hoje questiona o
      termo proposto por Kozinets (2002) e Markham & Baym (2009) que tensionam e apresentam
      as especificidades das técnicas de pesquisa em Cibercultura, dentre outros . No contexto
                                                                                                               3


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
nacional, as discussões em torno de questões teóricas e metodológicas na Cibercultura tem
      sido encabeçadas por autores como Fragoso (2006), que busca construir uma metodologia
      quanti-qualitativa para estudos empíricos na web; Amaral (2008) ao abordar a
      autonetnografia; Recuero (2005, 2009) ao propor um modelo de Análise de Redes Sociais; Sá
      (2002) que aborda a netnografia nas redes digitais; Montardo e Passerino (2006) que analisam
      a viabilidade do estudo dos blogs a partir da netnografia; Felinto (2006), ao discutir o conceito
      de Cibercultura e a conjuntura teórica da área, entre outros autores, como Trivinho (2007),
      Rudiger (2008) e Lemos (2003) que também abordam a discussão conceitual de Cibercultura.
              A problematização da Cibercultura em termos teóricos e metodológicos é a proposta
      dessa mesa temática, que tem como objetivos retomar as discussões em torno das deficiências
      e carências das investigações atuais e apresentar as propostas e o desenvolvimentos das
      pesquisas de seus componentes.


      Assunto-Re: Cibercultura a 8 mãos: morte, permanência, renascimento e métodos. Para
      uma epistemologia da cultura das redes


              Este item apresenta brevemente os trabalhos de cada componente da mesa proposta, de
      forma a relacionar suas pesquisas em torno do objetivo dessa proposta, que concentra-se em
      colocar em pauta o debate conceitual e os problemas e avanços teórico-metodológicos da
      Cibercultura.
              A carência teórico-metodológica da Cibercultura é o tema de pesquisa de Aquino
      (2009) que pretende explorar a produção discente dos programas de pós-graduação em
      comunicação do Brasil no período de 2000 à 2009. A autora parte de um resgate da discussão
      conceitual em torno do termo Cibercultura tendo em vista a construção de um entendimento
      para ser utilizado como background na delimitação do corpus da pesquisa. O foco de Aquino
      (2009) direciona-se para a metodologia empregada nas teses produzidas nos período e que
      abordem estudos empíricos sobre Cibercultura. Após um levantamento sobre a produção
      discente, abarcando teses e dissertações, entre os anos de 1992 à 1999, a autora detecta uma a
      inconsistência do termo Cibercultura e faz uma seleção dos trabalhos, excluindo de sua
      análise aqueles que não se encaixam em Cibercultura. A partir dessa análise, a autora destaca
      as consequências da classificação errônea das teses e dissertações, mostrando que algumas
      não se enquadram nem mesmo no campo da Comunicação. A partir desses apontamentos,

                                                                                                               4


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
Aquino (2009) problematiza o conceito de Cibercultura e ao mesmo tempo em que constrói
      uma cartografia inicial do estado da arte da pesquisa em Cibercultura no Brasil.
              Sugerindo que a expressão Cibercultura vem caindo em desuso e que sofre, desde sua
      origem, de uma indefinição semântica crônica, Felinto (2009) propõe a elaboração de um
      panorama sistematizado das investigações sobre mídia e tecnologia no contexto da produção
      científica em língua alemã. O autor apresenta o debate conceitual do termo, destacando sua
      imprecisão ao afirmar que a palavra vem abarcando diversos fenômenos de base social,
      comunicacional e tecnológica que, para ele, se conectam por vínculos epistemológicos
      frágeis. Felinto (2009) justifica sua escolha pela produção alemã por considerar que tal
      ambiente oferece muitas perspectivas originais e promissoras para os estudos sobre as novas
      mídias e conduz sua pesquisa a partir de uma exploração sobre os principais nomes e
      tendências da medientheorie germânica no intuito de elucidar caminhos que contribuam para
      superar os dilemas em torno do que ele chama de esvaziamento da noção de Cibercultura.
              O objetivo de elaborar uma discussão teórica sobre o design da pesquisa empírica
      qualitativa de cunho etnográfico na Cibercultura constitui o trabalho de Amaral (2009). Assim
      como Felinto (2009) trabalha com a possibilidade de desuso do termo Cibercultura, Amaral
      (2009) parte da polêmica gerada por Hine sobre um possível “colapso da netnografia”,
      quando apresenta a ideia de um retorno a etnografia. Apresentando diferentes apropriações do
      termo netnografia, Amaral (2009) estuda os processos de contiguidade, similaridades e
      distinções oriundas de observação, coleta e interpretação de dados de artefatos culturais em
      âmbitos online e offline. Através dessas análises, a autora apresenta resultados preliminares
      sobre pesquisas desenvolvidas recentemente e apresentadas em congressos como ABCiber,
      Compós e Intercom.
              Inicialmente buscando identificar o processo de inclusão social na socialização online
      de Pessoas com Necessidades Especiais, Montardo (2009) constata a necessidade de utilizar a
      netnografia (Hine, 2005; Kozinets, 2002) e a Análise de Redes Sociais (Recuero, 2005; 2009)
      para realizar suas análises. A autora reflete sobre as possibilidades e os limites de cada
      metodologia através da trajetória de elaboração de sua pesquisa em quatro redes telemáticas:
      Autismo (Montardo e Passerino, 2008), Síndrome de Down (Montardo, 2008), Deficiência
      Auditiva (Montardo, 2009) e Paralisia Cerebral. Montardo (2009) aponta o fato de tais redes
      se restringirem a temas específicos e apresenta os tipos de apropriação das plataformas por
      cada uma das redes. A falta de acessibilidade digital das plataformas também é abordada

                                                                                                               5


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como inibição ou impossibilidade por parte de pessoas com deficiência no uso desses
      recursos.
              Enquanto Aquino (2009) se concentra na metodologia para a pesquisa em
      Cibercultura, Felinto (2009) centra-se na discussão teórico em torno de um possível desuso do
      termo. Amaral (2009) foca-se em uma metodologia específica do campo, convergindo com a
      proposta de Montardo (2009) que discute limites e possibilidades de netnografia e análise de
      redes sociais. O debate apresenta pontos de tensão, quando Felinto (2009) e Amaral (2009)
      discutem o esvaziamento de conceitos, Montardo (2009) apresenta os problemas de duas
      metodologias e Aquino (2009) aponta as consequências da imprecisão do termo Cibercultura
      na classificação dos trabalhos da produção discente dos programas de pós-graduação em
      comunicação brasileiros. Os trabalhos partem de diferentes pontos, porém convergem nas
      preocupações que norteiam as pesquisas dos autores, que buscam legitimar a pesquisa em
      Cibercultura no Brasil, indicando direções e problemas ao ilustrar o contexto atual do campo.




      Resumos


      “Contiguidade e atravessamento das fronteiras do sprawl”. A hibridação metodológica
      entre online e offline na pesquisa empírica em cibercultura
      Adriana Amaral


      O presente artigo tem como objetivo apontar alguns insights para a discussão teórica sobre o
      design da pesquisa empírica qualitativa de cunho etnográfico no campo da cibercultura, a
      partir da proposição polêmica de Christine Hine de “colapso da netnografia à etnografia
      novamente” em 2008. Nesse sentido, partiremos de uma discussão acerca dos diferentes usos,
      desenvolvimentos e apropriações do termo (netnografia, etnografia virtual, webnografia,
      etnografia digital e ciberantropologia) para abordarmos os processos de contigüidade,
      similaridades e distinções contidos na observação, coleta e interpretação dos dados de
      artefatos culturais, no âmbito online e offline. Nosso trajeto toma como categorias de análise,
      o recorte do objeto, as relações entre pesquisadores e informantes e o tempo de permanência
      do campo e as noções de privacidade, conforme as indicações de Jones (1997), Hine (2000,
      2005), Kozinets (2002), Markham & Baym (2009) e Amaral (2008). Como resultados
      preliminares serão indicadas algumas pesquisas desenvolvidas recentemente – selecionadas a
                                                                                                               6


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
partir de uma primeira observações em congressos como ABCiber, Compós e Intercom - que
      utilizam essas práticas.


      Pesquisa em Cibercultura no Brasil: entrave conceitual e carência teórico-metodológica
      do campo
      Maria Clara Aquino


      No ano 2000 a palavra Cibercultura aparece nos primeiros trabalhos de pós-graduação no
      Brasil, em duas dissertações de mestrado: uma da Universidade de São Paulo (USP) e outra
      da Universidade Federal da Bahia (UFBA), esta última orientada pelo professor André
      Lemos, cuja obra Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea, publicada
      em 2002, nos serve de referência até hoje.               Na tentativa de elucidar o conceito de
      Cibercultura, Lemos (2003, p. 12) a define como “a forma sócio-cultural que emerge da
      relação entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas que
      surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70”. A
      Comunicação entra no jogo das áreas e desempenha um papel fundamental no estudo da
      Cibercultura, pois, aliada à informática permite a constituição de uma nova dimensão cultural.
      Cáceres (2006) atesta que o primeiro sentido da palavra Cibercultura está inicial e
      inevitavelmente associado com e limitado pela imagem dos computadores, sua apropriação e
      uso técnico no cotidiano. Sobre o debate em torno do conceito, Trivinho (2007, p. 27 e 67)
      adverte que a Cibercultura “equivale a um processo social-histórico bem mais vasto e
      complexo do que supõe o imaginário da pesquisa especializada”. O autor detecta a imprecisão
      do conceito e arrisca-se a definir a Cibercultura como uma “formação tecnocultural” que se
      confunde com o “cenário material, simbólico e imaginário contemporâneo”. Na tentativa de
      desenvolver o conceito e empregá-lo em uma crítica aos aspectos culturais e ideológicos das
      tecnologias de informação e comunicação, Macek (2005) propõe uma categoriazação
      cronólogica a partir do início da década de 90 até o contexto atual. O autor reconhece a
      multiplicidade de definições e não considera os conceitos das diferentes épocas como
      contraditórios, mas como partes de um mosaico, que se complementam e se influenciam
      mutuamente. Felinto (2006, online), considera que “as palavras mais sedutoras parecem ser
      frequentemente também as mais difíceis de definir” e relembra a dificuldade em definir o
      termo pós-moderno, cuja popularidade cresceu entre os teóricos das ciências sociais até cerca
      de metade dos anos 90, para ilustrar as dificuldades em se definir o termo Cibercultura. Para
                                                                                                               7


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
o autor, “a palavra parece evocar muito mais uma 'névoa de idéias', uma intuição a respeito de
      determinada situação cultural do que uma definição precisa” . A partir de um resgate da
      discussão sobre a definição do conceito de Cibercultura e reconhecendo sua imprecisão, este
      trabalho busca tensionar a pesquisa sobre a Cibercultura a partir da e pela Comunicação.
      Busca-se elaborar um entendimento sobre Cibercultura para que se possa mapear a pesquisa
      no Brasil através de uma análise da metodologia utilizada nas teses dos programas de pós-
      graduação brasileiros ao longo dos últimos dez anos (2000 - 2009). Embora o foco do estudo
      esteja no âmbito metodológico, este trabalho se concentra inicialmente na discussão
      conceitual, para em seguida apresentar os resultados de um levantamento inicial das teses nos
      períodos de 1992 à 1999 e depois de 2000 à 2008. Através desses resultados é possível
      verificar a inconsistência do termo, visto que frequentemente é utilizado para identificar
      pesquisas que muitas vezes não se encaixam no entendimento de Cibercultura. Apontam-se
      consequências dessa classificação errônea, como, por exemplo, o fato de não contribuir para o
      fortalecimento da Cibercultura como um campo de pesquisa científica e confundir ainda mais
      o entendimento do meio acadêmico sobre os estudos de Cibercultura. A partir desses
      apontamentos, problematiza-se o conceito ao mesmo tempo em que inicia-se uma cartografia
      sobre o estado da arte da pesquisa em Cibercultura no Brasil.


      Futuro do Pretérito: A Morte da Cibercultura e a Teoria da Mídia Alemã
      Erick Felinto


      Após pouco mais de 30 anos de seu nascimento, o termo “cibercultura” parece experimentar
      uma morte prematura.         Concebida no auge do entusiasmo com a revolução das “novas
      tecnologias digitais” e marcada, desde a origem, por uma indefinição semântica crônica, a
      expressão vem caindo rapidamente em desuso. Autores como Lev Manovich e Siegfried
      Zielinski , por exemplo, têm declarado, repetidamente, o caráter “antiquário” do termo.
      Contudo, durante esse curto período de tempo, a palavra cumpriu o papel de abarcar uma série
      de fenômenos de base social, comunicacional e tecnológica ligados apenas por frágeis
      vínculos epistemológicos. Agora, diante do que parece ser o inevitável desaparecimento
      dessa categoria, o que poderia ocupar o vazio de sua demissão no horizonte da pesquisa
      acadêmica?       O objetivo deste trabalho é oferecer um panorama sistematizado das
      investigações sobre mídia e tecnologia no contexto da produção científica em língua alemã.
      Nossa tese de fundo é que muitas das perspectivas mais originais e promissoras referentes ao
                                                                                                               8


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futuro da pesquisa sobre as novas mídias podem ser encontradas nesse ambiente cultural,
      infelizmente pouco conhecido nas universidades brasileiras devido às barreiras lingüísticas.
      A partir de uma exploração dos principais nomes e tendências da medientheorie germânica,
      pretende-se sugerir alguns caminhos de pesquisa capazes de contribuir para a superação dos
      dilemas envolvidos no esvaziamento da noção de cibercultura.


      Netnografia e Análise de Redes Sociais: aplicações metodológicas em estudos sobre
      inclusão social em redes telemáticasnaWeb (CNPq)14

      Sandra Portella Montardo



      Com o objetivo de identificar o processo de inclusão social na socialização on-line de Pessoas
      com Necessidades Especiais, constatou-se a necessidade de se utilizar duas metodologias para
      viabilizar este estudo. Por um lado, a netnografia (Hine, 2005; Kozinets, 2002) permite a
      identificação, seleção e obtenção de dados das redes selecionadas para análise. Por outro, a
      Análise de Redes Sociais (Recuero, 2005; 2009) possibilita que se analise as trocas
      empreendidas em cada rede. Pode-se dizer que estas redes tendem a se restringir a um tema
      específico, que vem a ser a deficiência em questão, quando mantidas por seus familiares e,
      também, que há alterações importantes quanto às apropriações das plataformas por parte de
      cada uma dessas redes. Da mesma forma, a falta de acessibilidade digital destas plataformas
      inibe ou impossibilita pessoas com alguns tipos de deficiência a utilizarem estes recursos.
      Com o objetivo de evidenciar os limites e alcances da aplicação destas duas técnicas,
      pretende-se apresentar o percurso metodológico da análise das seguintes redes temáticas:
      Autismo (Montardo e Passerino, 2008), Síndrome de Down (Montardo, 2008), Deficiência
      Auditiva (Montardo, 2009) e Paralisia Cerebral.




      Referências bibliográficas


      AMARAL, A. Autonetnografia e inserção online. O papel do pesquisador-insider nas
      subculturas          da            web.          2008.   Disponível          em:
      http://www.compos.org.br/data/biblioteca_315.pdf


      14
               Projeto que conta com apoio do CNPq (Processo 474185/2008-7)
                                                                                                               9


III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
AMARAL, A. Categorização dos gêneros musicais na Internet -Para uma etnografia
      virtual das práticas comunicacionais na plataforma social Last.fm. In: FREIRE FILHO, J
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      eaudiências. Rio de J aneiro: Mauad. 2007

      CÁCERES, Jesús Galindo. Cibercultura: um mundo emergente y una nueva mirada.
      Instituto Mexiquense de Cultura. México, 2006.

      FELINTO, Erick. Os computadores também sonham? In: Intexto, Porto Alegre: UFRGS,
      v.2, n.15, p. 1-15, julho/dezembro 2006.

      FILK C. & LOMMEL, M. & SANDBOTHE, M. (orgs.). Media Synaesthetics: Konturen
      einer Physiologischen Medienästhetik. Köln: Herbert von Halem, 2004.

      FLUSSER, Vilém. Medienkultur.                 Org.    S.   Bollman.     Frankfurt-am-Main,       Fischer
      Taschenbuch, 2005.

      ____________. Vampyroteuthis Infernalis. Göttingen: European Photography, 2002.

      FRAGOSO, Suely. Cibergeografia Midiática: proposta de confluência de quatro
      abordagens quantitativas com vistas à construção de uma metodologia quanti-
      qualitativa para investigações empíricas da World Wide Web. Contracampo (UFF), v. 14,
      p. 56-70, 2006.

      GUMBRETCH, Hans Ulrich. 1926: Living at the Edge of Time. Cambridge: Harvard
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      HINE, Christine (org), Virtual Methods. Issues in Social Research on the Internet.
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      JONES, Steve (Org). Doing Internet Research. Critical Issues and Methods for
      Examining the Net. London: Sage, 1999).

      KITTLER, Friedrich. Gramophone, Film, Typwriter. Stanford: Stanford University Press,
      1999.

      KOZINETS, R. The Field Behind the S creen: Using Netnography or Marketing
      Research      in      Online       Communities. 2002.    Disponível   em:
      http://www.marketingpower.com/content18255.php


                                                                                                              10


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      MANOVICH, Lev. The Language of New Media. Cambridge: MIT Press, 2001.

      MARKHAM, A., BAYM, N. Internet Inquiry. Conversations about nethod. London:
      Sage, 2009

      MERTEN, K., SCHMIDT, S., WEISCHENBERG, S. (Eds.) Die Wirklichkeit der Medien.
      Eine Einführung in die Kommunikationswissenschaft. Opladen: Westdeutscher Verlag,
      1994.

      MONTARDO, S , PASSERINO, L.(2006) Estudo dos blogs a partir da netnografia:
      possibilidades e limitações. RENOTE, Revista NovasTecnologias na Educação, v. 4, 2006 .

      MONTARDO, S. P. Redes temáticas na Web e biossociabilidade on-line. 18º. Encontro da
      Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação de Comunicação (Compós). Anais.
      Belo         Horizonte,          PUCMG,         2009.       Disponível          em:
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      MONTARDO, S. P. Fotos que fazem falar: desafios metodológicos para análise de redes
      temáticas em fotologs. In: Revista Famecos, Porto Alegre, no. 37, dez. 2008, pp. 75-84.
      Disponível em: http://www.pucrs.br/famecos/pos.

      MONTARDO, S. P. ; PASSERINO, L. Espelhos quebrados no ciberespaço: implicações
      de redes temáticas em blogs na Análise de Redes Sociais (ARS). 17º. Encontro da
      Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação de Comunicação (Compós). Anais. São
      Paulo, UNIP, 2008. Disponível em: http://www.compos.org.br.

      RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

      RECUERO, R. Comunidades virtuais em redes sociais: uma proposta de estudo In:
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      RÜDIGER, Francisco. Cibercultura e Pós-Humanismo. Edipucrs. Porto Alegre, 2008.

      SÁ, S . (2002). Netnografias nas redes digitais. In: PRADO, J.L. Crítica das práticas
      midiáticas. São Paulo: Hacker editores.

      SCHMIDT, Siegfried J. Die Welten der Medien. Gundlagen und Perspektiven der
      Medienbeobachtung. Wiesbaden: Vieweg, 1996.

      ZIELINSKI, Siegfried. Deep Time of the Media: Towards and Archaelogy of Hearing
      and Seeing by Technical Means. Cambridge: MIT Press, 2006.


                                                                                                              11


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TRIVINHO, Eugênio. A Dromocracia Cibercultural: Lógica da Cida Humana na
      Civilização Mediática. Avançada. Editora Paulus. São Paulo, 2007.




                                                                                                              12


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Cibercultura no Brasil: avanços e desafios teórico-metodológicos

  • 1. Assunto-Re: Cibercultura a 8 mãos: morte, permanência, renascimento e métodos. Para uma epistemologia da cultura das redes1 Adriana Amaral2 (coordenadora) Maria Clara Aquino3 Erick Felinto4 Sandra Portela Montardo5 Universidade Tuiutí do Paraná – UTP-PR/Facinter-PR Universidade Luterana do Brasil/Universidade Federal do Rio Grande do Sul - ULBRA/UFRGS Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ Centro Universitário Feevale - FEEVALE Resumo Assunto-Re: Cibercultura a 8 mãos: morte, permanência, renascimento e métodos. Para uma epistemologia da cultura das redes é uma mesa temática que reúne quatro trabalhos de pesquisadores do campo da Comunicação que concentram suas pesquisas em torno da Cibercultura e seu desenvolvimento teórico e metodológico. Problematizar teorias e métodos, questionar conceitos e elaborar um panorama do contexto atual da pesquisa em Cibercultura é a proposta dessa mesa temática, que através dos quatro trabalhos que a compõem, busca tensionar as discussões em torno dos avanços e das deficiências e carências das investigações atuais do campo. Palavras-chave Cibercultura; Metodologia; Teoria; Netnografia; Análise de Redes Sociais 1 Proposta de mesa temática apresentada ao eixo temático “Entretenimento, práticas socioculturais e subjetividade”, do III Simpósio Nacional da ABCiber. 2 Doutora em Comunicação Social pela PUCRS com Estágio de Doutorado no Boston College, EUA. Professora e pesquisadora do Programa de Mestrado e Doutorado em Comunicação e Linguagens da UTP-PR e do curso de Comunicação Social da Facinter-PR. Sócia-fundadora e Membro do CCD da ABCiber. E-mail: adriamaral@yahoo.com 3 Jornalista pela Universidade Católica de Pelotas - UCPEL (2005), Mestre (2008) e Doutoranda em Comunicação e Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; Professora do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA. E-mail: mcjobst@uol.com.br 4 Professor do PPGCOM UERJ e pesquisador do CNPq. Autor dos livros "A Religião das Máquinas: Ensaios sobre o Imaginário da CIbercultura"e "Passeando no Labirinto: Textos sobre as Tecnologias e Materialidades da Comunicação". Foi presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação No Biênio 2007-2009 e atualmente é membro dos Conselhos Científicos da Socine e da Abciber. 5 Doutora em Comunicação Social pela PUCRS (2004). Professora e pesquisadora do Centro Universitário Feevale, no Mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade e no Mestrado em Processos e Manifestações Culturais. Atua no projeto Comunicação Corporativa em tempos de Conteúdo Gerado pelo Consumidor: desafios e tendências (CNPq) e é líder do Projeto Inclusão Social via Socialização On-line de Pessoas com Necessidades Especiais (PNE)(CNPq). 1 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 2. Proposta da mesa Cibercultura no Brasil: uma breve contextualização O fortalecimento da legitimidade da Cibercultura como um domínio de estudos científicos dentro do campo da Comunicação tem intensificado-se através de diversos fatores, que se perfazem na produção bibliográfica docente e discente dos programas de pós- graduação, na criação de grupos e linhas de pesquisa nesses programas, que se focam no estudo do tema, e de grupos de estudo pertencentes a entidades como a Compós6 e a Intercom7. Com a criação da ABCiber8, a Cibercultura avança mais uma etapa na busca de sua consolidação no âmbito científico e passa ter uma representação nacional dedicada exclusivamente a um trabalho de legitimação da pesquisa nacional. A popularidade desse domínio de investigação também contribui para a solidificação da Cibercultura como um campo de estudos científico. Tal fato se percebe não só pelos fatores citados acima, mas também pela colocação do Brasil no ranking de países com o maior tempo de navegação na Internet. Em janeiro de 2009, segundo dados do Ibope/NetRatings, o Brasil ficou em primeiro lugar em termos de público que passa mais tempo navegando na Internet, com um tempo médio de 24 horas e 49 minutos9. O uso de ferramentas de comunicação online no país também indica que a Cibercultura tende a crescer como campo de estudos. Segundo relatório da Nielsen Online, 80% dos internautas brasileiros visitaram redes de relacionamento e blogs ao longo de 200810. O Twitter11 também é um bom exemplo do aumento do uso dessas ferramentas pelos internautas brasileiros. De acordo com a pesquisa realizada pela Bullet12, estima-se que existam mais de 110 mil usuários ativos no Twitter que escrevem em português. Há que se lembrar também o papel dos brasileiros na rede social Orkut13. Inserida no Brasil em 2004, inicialmente a rede social pressupunha que cada usuário fosse convidado para entrar no sistema por outro que dele já fizesse parte e logo os brasileiros foram convidando seus amigos a participarem da rede. Na época, instaurou-se 6 Compós – Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (http://www.compos.org.br) 7 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (http://www.intercom.org.br) 8 ABCiber – Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (http://abciber.org) 9 Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/brasileiros-sao-lideres-acesso-internet-422706.shtml 10 Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasil-o-pais-que-reina-nas-redes-sociais-06042009-41.shl 11 http://www.twitter.com 12 Fonte: http://bullet.updateordie.com/?s=pesquisa+twitter 13 http://www.orkut.com 2 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 3. uma espécie de competição entre americanos e brasileiros para a ocupação da liderança do número de usuários do Orkut e, em menos de seis meses, o Brasil tomou a liderança dos Estados Unidos. Hoje, ocupa a primeira posição, com 51,33% dos usuários da rede. Em segundo lugar está a Índia, com 19,77% e em terceiro os Estados Unidos, com 16,82% do número de usuários do Orkut. Diante desse cenário digital, que aborda diversas outras formas de comunicação online, o Brasil cresce em termos de uso da Internet e de tecnologias digitais e assim, a Cibercultura torna-se um campo de estudos bastante amplo, que oferece novas temáticas e novos objetos de estudo. Para dar conta desses objetos e temáticas, a Cibercultura pressupõe um aporte teórico e metodológico que abarque suas especificidades, de forma a cumprir os requisitos fundamentais da pesquisa científica. O fenômeno tem sido investigada a partir do “empréstimo” de teorias e métodos de diversas áreas, na medida em que pode ser analisado a partir de áreas como o Direito, a Informática ou a Administração, por exemplo. No entanto, o que interessa para os pesquisadores que compõem a proposta dessa mesa é o estudo da Cibercultura no âmbito da Comunicação e, nesse contexto, o que se visualiza é a investigação da Cibercultura através do “empréstimo” das teorias e metodologias utilizadas na pesquisa em Comunicação. É fato que o uso desse aporte teórico e metodológico é necessário, imprescindível dentro desse contexto, porém, as particularidades da Cibercultura fazem com que as teorias e metodologias tomadas da Comunicação tenham que sofrer adaptações, as quais muitas vezes são insuficientes para analisar e avançar a pesquisa do campo. Alterações nos processos comunicacionais, novos espaços de interação, pós-humanismo, são apenas algumas das questões que norteiam a Cibercultura e que carecem de teorias e métodos suficientemente capazes de abordar o fenômeno. Ao mesmo tempo em que a Cibercultura avança em termos de legitimação como campo de pesquisa científica, a preocupação com os problemas teórico-metodológicos vem crescendo no cenário internacional e nacional. A título de exemplo, pode-se citar autores que tem lançado-se nas investigações acerca de novos aportes teórico-metodológicos para os estudos em Cibercultura em âmbito internacional; como Jones (1997), que reúne em uma coletânea de artigos sobre pesquisa crítica na Internet, Macek (2005), que busca traçar categoricamente a cronologia do desenvolvimento da Cibercultura; Kozinets (2002), que propôs o temo netnografia; Hine (2000, 2005), que inicialmente adotou e hoje questiona o termo proposto por Kozinets (2002) e Markham & Baym (2009) que tensionam e apresentam as especificidades das técnicas de pesquisa em Cibercultura, dentre outros . No contexto 3 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 4. nacional, as discussões em torno de questões teóricas e metodológicas na Cibercultura tem sido encabeçadas por autores como Fragoso (2006), que busca construir uma metodologia quanti-qualitativa para estudos empíricos na web; Amaral (2008) ao abordar a autonetnografia; Recuero (2005, 2009) ao propor um modelo de Análise de Redes Sociais; Sá (2002) que aborda a netnografia nas redes digitais; Montardo e Passerino (2006) que analisam a viabilidade do estudo dos blogs a partir da netnografia; Felinto (2006), ao discutir o conceito de Cibercultura e a conjuntura teórica da área, entre outros autores, como Trivinho (2007), Rudiger (2008) e Lemos (2003) que também abordam a discussão conceitual de Cibercultura. A problematização da Cibercultura em termos teóricos e metodológicos é a proposta dessa mesa temática, que tem como objetivos retomar as discussões em torno das deficiências e carências das investigações atuais e apresentar as propostas e o desenvolvimentos das pesquisas de seus componentes. Assunto-Re: Cibercultura a 8 mãos: morte, permanência, renascimento e métodos. Para uma epistemologia da cultura das redes Este item apresenta brevemente os trabalhos de cada componente da mesa proposta, de forma a relacionar suas pesquisas em torno do objetivo dessa proposta, que concentra-se em colocar em pauta o debate conceitual e os problemas e avanços teórico-metodológicos da Cibercultura. A carência teórico-metodológica da Cibercultura é o tema de pesquisa de Aquino (2009) que pretende explorar a produção discente dos programas de pós-graduação em comunicação do Brasil no período de 2000 à 2009. A autora parte de um resgate da discussão conceitual em torno do termo Cibercultura tendo em vista a construção de um entendimento para ser utilizado como background na delimitação do corpus da pesquisa. O foco de Aquino (2009) direciona-se para a metodologia empregada nas teses produzidas nos período e que abordem estudos empíricos sobre Cibercultura. Após um levantamento sobre a produção discente, abarcando teses e dissertações, entre os anos de 1992 à 1999, a autora detecta uma a inconsistência do termo Cibercultura e faz uma seleção dos trabalhos, excluindo de sua análise aqueles que não se encaixam em Cibercultura. A partir dessa análise, a autora destaca as consequências da classificação errônea das teses e dissertações, mostrando que algumas não se enquadram nem mesmo no campo da Comunicação. A partir desses apontamentos, 4 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 5. Aquino (2009) problematiza o conceito de Cibercultura e ao mesmo tempo em que constrói uma cartografia inicial do estado da arte da pesquisa em Cibercultura no Brasil. Sugerindo que a expressão Cibercultura vem caindo em desuso e que sofre, desde sua origem, de uma indefinição semântica crônica, Felinto (2009) propõe a elaboração de um panorama sistematizado das investigações sobre mídia e tecnologia no contexto da produção científica em língua alemã. O autor apresenta o debate conceitual do termo, destacando sua imprecisão ao afirmar que a palavra vem abarcando diversos fenômenos de base social, comunicacional e tecnológica que, para ele, se conectam por vínculos epistemológicos frágeis. Felinto (2009) justifica sua escolha pela produção alemã por considerar que tal ambiente oferece muitas perspectivas originais e promissoras para os estudos sobre as novas mídias e conduz sua pesquisa a partir de uma exploração sobre os principais nomes e tendências da medientheorie germânica no intuito de elucidar caminhos que contribuam para superar os dilemas em torno do que ele chama de esvaziamento da noção de Cibercultura. O objetivo de elaborar uma discussão teórica sobre o design da pesquisa empírica qualitativa de cunho etnográfico na Cibercultura constitui o trabalho de Amaral (2009). Assim como Felinto (2009) trabalha com a possibilidade de desuso do termo Cibercultura, Amaral (2009) parte da polêmica gerada por Hine sobre um possível “colapso da netnografia”, quando apresenta a ideia de um retorno a etnografia. Apresentando diferentes apropriações do termo netnografia, Amaral (2009) estuda os processos de contiguidade, similaridades e distinções oriundas de observação, coleta e interpretação de dados de artefatos culturais em âmbitos online e offline. Através dessas análises, a autora apresenta resultados preliminares sobre pesquisas desenvolvidas recentemente e apresentadas em congressos como ABCiber, Compós e Intercom. Inicialmente buscando identificar o processo de inclusão social na socialização online de Pessoas com Necessidades Especiais, Montardo (2009) constata a necessidade de utilizar a netnografia (Hine, 2005; Kozinets, 2002) e a Análise de Redes Sociais (Recuero, 2005; 2009) para realizar suas análises. A autora reflete sobre as possibilidades e os limites de cada metodologia através da trajetória de elaboração de sua pesquisa em quatro redes telemáticas: Autismo (Montardo e Passerino, 2008), Síndrome de Down (Montardo, 2008), Deficiência Auditiva (Montardo, 2009) e Paralisia Cerebral. Montardo (2009) aponta o fato de tais redes se restringirem a temas específicos e apresenta os tipos de apropriação das plataformas por cada uma das redes. A falta de acessibilidade digital das plataformas também é abordada 5 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 6. como inibição ou impossibilidade por parte de pessoas com deficiência no uso desses recursos. Enquanto Aquino (2009) se concentra na metodologia para a pesquisa em Cibercultura, Felinto (2009) centra-se na discussão teórico em torno de um possível desuso do termo. Amaral (2009) foca-se em uma metodologia específica do campo, convergindo com a proposta de Montardo (2009) que discute limites e possibilidades de netnografia e análise de redes sociais. O debate apresenta pontos de tensão, quando Felinto (2009) e Amaral (2009) discutem o esvaziamento de conceitos, Montardo (2009) apresenta os problemas de duas metodologias e Aquino (2009) aponta as consequências da imprecisão do termo Cibercultura na classificação dos trabalhos da produção discente dos programas de pós-graduação em comunicação brasileiros. Os trabalhos partem de diferentes pontos, porém convergem nas preocupações que norteiam as pesquisas dos autores, que buscam legitimar a pesquisa em Cibercultura no Brasil, indicando direções e problemas ao ilustrar o contexto atual do campo. Resumos “Contiguidade e atravessamento das fronteiras do sprawl”. A hibridação metodológica entre online e offline na pesquisa empírica em cibercultura Adriana Amaral O presente artigo tem como objetivo apontar alguns insights para a discussão teórica sobre o design da pesquisa empírica qualitativa de cunho etnográfico no campo da cibercultura, a partir da proposição polêmica de Christine Hine de “colapso da netnografia à etnografia novamente” em 2008. Nesse sentido, partiremos de uma discussão acerca dos diferentes usos, desenvolvimentos e apropriações do termo (netnografia, etnografia virtual, webnografia, etnografia digital e ciberantropologia) para abordarmos os processos de contigüidade, similaridades e distinções contidos na observação, coleta e interpretação dos dados de artefatos culturais, no âmbito online e offline. Nosso trajeto toma como categorias de análise, o recorte do objeto, as relações entre pesquisadores e informantes e o tempo de permanência do campo e as noções de privacidade, conforme as indicações de Jones (1997), Hine (2000, 2005), Kozinets (2002), Markham & Baym (2009) e Amaral (2008). Como resultados preliminares serão indicadas algumas pesquisas desenvolvidas recentemente – selecionadas a 6 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 7. partir de uma primeira observações em congressos como ABCiber, Compós e Intercom - que utilizam essas práticas. Pesquisa em Cibercultura no Brasil: entrave conceitual e carência teórico-metodológica do campo Maria Clara Aquino No ano 2000 a palavra Cibercultura aparece nos primeiros trabalhos de pós-graduação no Brasil, em duas dissertações de mestrado: uma da Universidade de São Paulo (USP) e outra da Universidade Federal da Bahia (UFBA), esta última orientada pelo professor André Lemos, cuja obra Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea, publicada em 2002, nos serve de referência até hoje. Na tentativa de elucidar o conceito de Cibercultura, Lemos (2003, p. 12) a define como “a forma sócio-cultural que emerge da relação entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70”. A Comunicação entra no jogo das áreas e desempenha um papel fundamental no estudo da Cibercultura, pois, aliada à informática permite a constituição de uma nova dimensão cultural. Cáceres (2006) atesta que o primeiro sentido da palavra Cibercultura está inicial e inevitavelmente associado com e limitado pela imagem dos computadores, sua apropriação e uso técnico no cotidiano. Sobre o debate em torno do conceito, Trivinho (2007, p. 27 e 67) adverte que a Cibercultura “equivale a um processo social-histórico bem mais vasto e complexo do que supõe o imaginário da pesquisa especializada”. O autor detecta a imprecisão do conceito e arrisca-se a definir a Cibercultura como uma “formação tecnocultural” que se confunde com o “cenário material, simbólico e imaginário contemporâneo”. Na tentativa de desenvolver o conceito e empregá-lo em uma crítica aos aspectos culturais e ideológicos das tecnologias de informação e comunicação, Macek (2005) propõe uma categoriazação cronólogica a partir do início da década de 90 até o contexto atual. O autor reconhece a multiplicidade de definições e não considera os conceitos das diferentes épocas como contraditórios, mas como partes de um mosaico, que se complementam e se influenciam mutuamente. Felinto (2006, online), considera que “as palavras mais sedutoras parecem ser frequentemente também as mais difíceis de definir” e relembra a dificuldade em definir o termo pós-moderno, cuja popularidade cresceu entre os teóricos das ciências sociais até cerca de metade dos anos 90, para ilustrar as dificuldades em se definir o termo Cibercultura. Para 7 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 8. o autor, “a palavra parece evocar muito mais uma 'névoa de idéias', uma intuição a respeito de determinada situação cultural do que uma definição precisa” . A partir de um resgate da discussão sobre a definição do conceito de Cibercultura e reconhecendo sua imprecisão, este trabalho busca tensionar a pesquisa sobre a Cibercultura a partir da e pela Comunicação. Busca-se elaborar um entendimento sobre Cibercultura para que se possa mapear a pesquisa no Brasil através de uma análise da metodologia utilizada nas teses dos programas de pós- graduação brasileiros ao longo dos últimos dez anos (2000 - 2009). Embora o foco do estudo esteja no âmbito metodológico, este trabalho se concentra inicialmente na discussão conceitual, para em seguida apresentar os resultados de um levantamento inicial das teses nos períodos de 1992 à 1999 e depois de 2000 à 2008. Através desses resultados é possível verificar a inconsistência do termo, visto que frequentemente é utilizado para identificar pesquisas que muitas vezes não se encaixam no entendimento de Cibercultura. Apontam-se consequências dessa classificação errônea, como, por exemplo, o fato de não contribuir para o fortalecimento da Cibercultura como um campo de pesquisa científica e confundir ainda mais o entendimento do meio acadêmico sobre os estudos de Cibercultura. A partir desses apontamentos, problematiza-se o conceito ao mesmo tempo em que inicia-se uma cartografia sobre o estado da arte da pesquisa em Cibercultura no Brasil. Futuro do Pretérito: A Morte da Cibercultura e a Teoria da Mídia Alemã Erick Felinto Após pouco mais de 30 anos de seu nascimento, o termo “cibercultura” parece experimentar uma morte prematura. Concebida no auge do entusiasmo com a revolução das “novas tecnologias digitais” e marcada, desde a origem, por uma indefinição semântica crônica, a expressão vem caindo rapidamente em desuso. Autores como Lev Manovich e Siegfried Zielinski , por exemplo, têm declarado, repetidamente, o caráter “antiquário” do termo. Contudo, durante esse curto período de tempo, a palavra cumpriu o papel de abarcar uma série de fenômenos de base social, comunicacional e tecnológica ligados apenas por frágeis vínculos epistemológicos. Agora, diante do que parece ser o inevitável desaparecimento dessa categoria, o que poderia ocupar o vazio de sua demissão no horizonte da pesquisa acadêmica? O objetivo deste trabalho é oferecer um panorama sistematizado das investigações sobre mídia e tecnologia no contexto da produção científica em língua alemã. Nossa tese de fundo é que muitas das perspectivas mais originais e promissoras referentes ao 8 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 9. futuro da pesquisa sobre as novas mídias podem ser encontradas nesse ambiente cultural, infelizmente pouco conhecido nas universidades brasileiras devido às barreiras lingüísticas. A partir de uma exploração dos principais nomes e tendências da medientheorie germânica, pretende-se sugerir alguns caminhos de pesquisa capazes de contribuir para a superação dos dilemas envolvidos no esvaziamento da noção de cibercultura. Netnografia e Análise de Redes Sociais: aplicações metodológicas em estudos sobre inclusão social em redes telemáticasnaWeb (CNPq)14 Sandra Portella Montardo Com o objetivo de identificar o processo de inclusão social na socialização on-line de Pessoas com Necessidades Especiais, constatou-se a necessidade de se utilizar duas metodologias para viabilizar este estudo. Por um lado, a netnografia (Hine, 2005; Kozinets, 2002) permite a identificação, seleção e obtenção de dados das redes selecionadas para análise. Por outro, a Análise de Redes Sociais (Recuero, 2005; 2009) possibilita que se analise as trocas empreendidas em cada rede. Pode-se dizer que estas redes tendem a se restringir a um tema específico, que vem a ser a deficiência em questão, quando mantidas por seus familiares e, também, que há alterações importantes quanto às apropriações das plataformas por parte de cada uma dessas redes. Da mesma forma, a falta de acessibilidade digital destas plataformas inibe ou impossibilita pessoas com alguns tipos de deficiência a utilizarem estes recursos. Com o objetivo de evidenciar os limites e alcances da aplicação destas duas técnicas, pretende-se apresentar o percurso metodológico da análise das seguintes redes temáticas: Autismo (Montardo e Passerino, 2008), Síndrome de Down (Montardo, 2008), Deficiência Auditiva (Montardo, 2009) e Paralisia Cerebral. Referências bibliográficas AMARAL, A. Autonetnografia e inserção online. O papel do pesquisador-insider nas subculturas da web. 2008. Disponível em: http://www.compos.org.br/data/biblioteca_315.pdf 14 Projeto que conta com apoio do CNPq (Processo 474185/2008-7) 9 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 10. AMARAL, A. Categorização dos gêneros musicais na Internet -Para uma etnografia virtual das práticas comunicacionais na plataforma social Last.fm. In: FREIRE FILHO, J ., HERSCHMANN, M. (orgs) Novos rumos da cultura da mídia. Indústrias, produtos eaudiências. Rio de J aneiro: Mauad. 2007 CÁCERES, Jesús Galindo. Cibercultura: um mundo emergente y una nueva mirada. Instituto Mexiquense de Cultura. México, 2006. FELINTO, Erick. Os computadores também sonham? In: Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v.2, n.15, p. 1-15, julho/dezembro 2006. FILK C. & LOMMEL, M. & SANDBOTHE, M. (orgs.). Media Synaesthetics: Konturen einer Physiologischen Medienästhetik. Köln: Herbert von Halem, 2004. FLUSSER, Vilém. Medienkultur. Org. S. Bollman. Frankfurt-am-Main, Fischer Taschenbuch, 2005. ____________. Vampyroteuthis Infernalis. Göttingen: European Photography, 2002. FRAGOSO, Suely. Cibergeografia Midiática: proposta de confluência de quatro abordagens quantitativas com vistas à construção de uma metodologia quanti- qualitativa para investigações empíricas da World Wide Web. Contracampo (UFF), v. 14, p. 56-70, 2006. GUMBRETCH, Hans Ulrich. 1926: Living at the Edge of Time. Cambridge: Harvard University Press, 1997. ______________. Production of Presence: what Meaning Cannot Convey. Stanford: Stanford University Press, 2004. HINE, Christine (org), Virtual Methods. Issues in Social Research on the Internet. Oxford: Berg, 2005. HINE, Christine. Virtual Ethnography. London: Sage, 2000. HODKINSON, P. ´Insider research´ in the study of youth cultures. Journal of Youth Studies, l8 (2), p. 131-149. 2005. JONES, Steve (Org). Doing Internet Research. Critical Issues and Methods for Examining the Net. London: Sage, 1999). KITTLER, Friedrich. Gramophone, Film, Typwriter. Stanford: Stanford University Press, 1999. KOZINETS, R. The Field Behind the S creen: Using Netnography or Marketing Research in Online Communities. 2002. Disponível em: http://www.marketingpower.com/content18255.php 10 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 11. LEMOS, André. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Editora Sulina. Porto Alegre, 2003. MACEK, Jakub. Defining Cyberculture. Disponível em: http://macek.czechian.net/defining_cyberculture.htm#_ednref2. 2005. MANOVICH, Lev. The Language of New Media. Cambridge: MIT Press, 2001. MARKHAM, A., BAYM, N. Internet Inquiry. Conversations about nethod. London: Sage, 2009 MERTEN, K., SCHMIDT, S., WEISCHENBERG, S. (Eds.) Die Wirklichkeit der Medien. Eine Einführung in die Kommunikationswissenschaft. Opladen: Westdeutscher Verlag, 1994. MONTARDO, S , PASSERINO, L.(2006) Estudo dos blogs a partir da netnografia: possibilidades e limitações. RENOTE, Revista NovasTecnologias na Educação, v. 4, 2006 . MONTARDO, S. P. Redes temáticas na Web e biossociabilidade on-line. 18º. Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação de Comunicação (Compós). Anais. Belo Horizonte, PUCMG, 2009. Disponível em: http://www.compos.org.br/data/biblioteca_1022 . MONTARDO, S. P. Fotos que fazem falar: desafios metodológicos para análise de redes temáticas em fotologs. In: Revista Famecos, Porto Alegre, no. 37, dez. 2008, pp. 75-84. Disponível em: http://www.pucrs.br/famecos/pos. MONTARDO, S. P. ; PASSERINO, L. Espelhos quebrados no ciberespaço: implicações de redes temáticas em blogs na Análise de Redes Sociais (ARS). 17º. Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação de Comunicação (Compós). Anais. São Paulo, UNIP, 2008. Disponível em: http://www.compos.org.br. RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. RECUERO, R. Comunidades virtuais em redes sociais: uma proposta de estudo In: Ecompós, Brasilia, Compós, v.4, Dez 2005. RÜDIGER, Francisco. Cibercultura e Pós-Humanismo. Edipucrs. Porto Alegre, 2008. SÁ, S . (2002). Netnografias nas redes digitais. In: PRADO, J.L. Crítica das práticas midiáticas. São Paulo: Hacker editores. SCHMIDT, Siegfried J. Die Welten der Medien. Gundlagen und Perspektiven der Medienbeobachtung. Wiesbaden: Vieweg, 1996. ZIELINSKI, Siegfried. Deep Time of the Media: Towards and Archaelogy of Hearing and Seeing by Technical Means. Cambridge: MIT Press, 2006. 11 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso
  • 12. TRIVINHO, Eugênio. A Dromocracia Cibercultural: Lógica da Cida Humana na Civilização Mediática. Avançada. Editora Paulus. São Paulo, 2007. 12 III Simpósio Nacional ABCiber - Dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2009 - ESPM/SP - Campus Prof. Francisco Gracioso