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FORTALEZA, NOVEMBRO DE 2011


 CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA E CONECS – CONSELHO NACIONAL DE
                      ESTUDANTES DE CIÊNCIAS SOCIAIS – 2012




1. APRESENTAÇÃO


       O CONECS – Conselho Nacional de Estudantes de Ciências Sociais – consiste em um
encontro anual, articulado nacionalmente, com o intuito de discutir e aprofundar as questões e reflexões
atuais dentro do mundo universitário das Ciências sociais, na perspectiva de trazer à luz da prática
crítica, possíveis atuações que fortaleçam a nossa formação humana e profissional.
Conjuntamente ao CONECS há o Curso de Formação Política (CFP) que tem como objetivo canalizar
e sistematizar as principais temáticas à serem discutidas dentro das Ciências Sociais. O curso de
Formação Política 2012 tem quatro eixos de discussões centrais:


   − Curso de Formação Como Funciona a Sociedade I
   − Ciências Sociais: Formação e Ideologia
   − Transformações no Mundo do Trabalho: Reestruturação Produtiva e suas conseqüências
   − Universidade e Sociedade


       Desta forma, procuramos analisar como as transformações no mundo do trabalho produzem e
reproduzem ideologias necessárias a manutenção dos sistemas produtivos, e como essas mudanças
reverberam na Universidade e no tipo de formação ofertada.
        Esse debate vem para contribuir na construção de uma verdadeira Ciência Social, capaz de
entender o seu tempo e atuar como agente construtor de uma sociedade diferente.


2. HISTÓRICO
       No último ENECS-BH foi discutido e deliberado uma série de mudanças e reformulações
pensadas no intuito de superar os muitos problemas encontrados na Ciências Sociais, e na perda de seu
caráter crítico e preocupado com as transformações sociais.
       A organização do nosso M.E de área, profundamente individualizado no que condiz a
socialização dos debates e problemas encontrados em cada escola, foi apontado pelo próprio MECS
como uma necessidade urgente, como fundamental na construção de uma Ciência Social que volte a ser
perigosa.
       Pensando nessa re(organização) mais que necessária, duas importantes formulações foram
deliberadas na plenária final do encontro: a criação de uma Articulação Nacional dos Estudantes de
Ciências Sociais, a ANECS, entidade com formato provisório pensada              como um instrumento
importante de organização do MECS, alencando as carências acadêmicas e políticas problematizadas em
nossos encontros e socializando-as através de atividades que fortaleçam essas discussões e ajudem na luta
cotidiana dentro de cada Universidade; e a utilização e adaptação do método Josué de Castro no
CONECS e no ENECS, na perspectiva de romper com a divisão entre trabalho intelectual e trabalho
manual existente na sociedade, e transformar o próprio espaço numa ferramenta prática de formação
individual e coletiva, afim de evitar o esvaziamento nos debates políticos que se tornou comum em
nossos encontros.
       O CONECS-Ceará vem, nesse sentido, para debater e ajudar a construir um M.E de área mais
organizado, fortalecer a Articulação Nacional, e garantir, com o seminário, um espaço de formação
política importantíssimo para a construção de um novo movimento estudantil.


3. OBJETIVOS
       O objetivo do CONECS e do Curso de Formação Política é fortalecer a formação crítica e
humana dos(as) estudantes de Ciências Sociais de todo o Brasil, na perspectiva de uma Ciência Social
cada vez mais questionadora da realidade social.
       Tem também, como fundamental, a responsabilidade de fortalecimento político da ANECS
através da integração e do debate no espaço do encontro, buscando construir uma Articulação Nacional
presente em cada escola.


4. METODOLOGIA DO CFP E CONECS
       O método Josué de Castro, conforme deliberado no último ENECS, balizará toda a organização
do evento, sendo incorporado tanto no CFP como no CONECS.
        É utilizado em vários espaços do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e
hoje também é aplicado em vários outros lugares dentre escolas, encontros estudantis etc.
       Por ter como característica principal uma grande maleabilidade e flexibilidade na sua execução,
o método permite uma ampla aplicabilidade em diferentes espaços, fugindo do engessamento e
permitindo uma constante adaptação em sua construção.
       Pensado pelo IEJC, Instituto de Educação Josué de Castro – IEJC – que, por sua vez, pertence
ao ITERRA – Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária, essa maleabilidade é
conseguida porque, de acordo com eles “O método pedagógico do Instituto não é fechado,
dogmatizado [...] pois está em continua gestação através do questionamento e da contribuição dos
educadores e educandos que dele participam. O que o determina [o processo educativo] são os sujeitos
envolvidos”.


Sua construção é baseada em princípios filosóficos e pedagógicos necessários à sua execução.
       Os Princípios Filosóficos são os princípios que fundamentam os objetivos estratégicos do
trabalho educativo. São voltados para a construção de um ser humano diferente do socialmente
construído no capitalismo, trabalhando-se a criação de uma nova subjetividade, dissociada do
individualismo e da competição inerentes a lógica do capital. A educação é vinculada, nesse aspecto:


       1) Educação para a transformação social.
       2) Educação para o trabalho e a cooperação.
       3) Educação voltada para as várias dimensões da pessoa humana.
       4) Educação com / para valores humanistas e socialistas.
       5) Educação como um processo permanente de formação e transformação humana.


A partir da elaboração desses princípios filosóficos é que se vinculam os Princípios Pedagógicos,
pois se referem ao jeito de fazer e de pensar a educação; é a partir deles que os princípios filosóficos se
concretizam.Esses elementos são essenciais para a aplicabilidade do método. Entretanto é importante se
colocar que a forma como vão ser incorporados, a prática pedagógica, muda de acordo com a realidade,
mas os princípios são e devem ser os mesmos.


       1) Relação entre prática e teoria.
       2) Combinação metodológica entre processos de ensino e de capacitação.
       3) A realidade como base da produção do conhecimento.
       4) Conteúdos formativos socialmente úteis.
       5) Educação para o trabalho e pelo trabalho.
       6) Vínculo orgânico entre processos educativos e processos políticos.
       7) Vínculo orgânico entre processos educativos e processos econômicos.
       8) Vínculo orgânico entre educação e cultura.
       9) Gestão democrática.
       10) Auto-organização dos estudantes e das estudantes.
       11) Criação de coletivos pedagógicos e formação permanente dos educadores e das educadoras.
       12) Atitude e habilidades de pesquisa.
       13) Combinação entre processos pedagógicos coletivos e individuais.
Matrizes pedagógicas
Este método pedagógico é baseado no movimento da realidade, dentro e fora do Instituto, e na
articulação dialética das seguintes “matrizes” de formação humana:


a) Educação Popular (Freire) – Entendida como Educação do Popular ou Pedagogia do Oprimido,
que se reconhece como tal e assume um compromisso de classe e compromete todo o nosso trabalho
com uma metodologia (prática à teoria à prática) que seja capaz de tornar os membros das classes
populares sujeitos plenos da construção de um Projeto Popular de sociedade.
b) Formação Político Ideológica (Makarenko / Plekhanov / Marx) – Compreendida como a formação
política do trabalhador cidadão e trabalhadora cidadã para o socialismo, a partir de uma concepção de
história e do papel dos trabalhadores nesta história como contribuidor na transformação da sociedade.
c) Trabalho / Economia (Pistrak / Makarenko / Marx) – Compreende o trabalho como a atividade
específica do ser humano, orientada para a transformação da natureza, auxiliado por instrumentos de
trabalho, para que assim possa satisfazer as suas necessidades, mas, que ao transformar a natureza,
transforma a si mesmo, a sua atitude frente à natureza, frente aos outros seres humanos e frente a si
mesmo, mudam suas idéias, seus ideais e sua possibilidade de conhecer e transformar a realidade. Pelo
trabalho nos produzimos como sujeitos sociais e culturais (nos inserimos em uma cultura fazendo). As
formas como produzimos nos produzem: o como trabalhamos nos forma ou deforma.
O trabalho para ser educativo exige reflexão sobre o que se faz, o como se faz, o porque se faz assim ou
porque se organiza o trabalho assim e não de outro modo. Para que esta reflexão possa acontecer é
necessário que haja um tempo / espaço para isto.
Faz parte desta matriz a compreensão de que a economia é mais um pedagogo neste processo educativo.
d) Coletividade (Makarenko) – Aposta na coletividade, por causa de suas condições múltiplas de
interação, possibilidades de inter-relações e como espaço educativo privilegiado do ser humano que vive
em uma sociedade marcada pelo individualismo. Sozinhos nós não aprendemos a ser gente: não nos
humanizamos.
e) Capacitação (Santos de Morais) – Intui diferentes métodos de formação e aposta na necessidade do
exercício prático (aprender fazendo), com base no primado do objeto (numa situação que requeira este
aprendizado), como alavanca para a construção das competências que precisamos aprender para intervir
com pertinência na realidade (saber-fazer).
f) Pedagogia do Movimento (Caldart) – Implica na compreensão: do Movimento Social Popular
(MSP) como lugar de formação de sujeitos sociais, pois nele acontecem processos de formação humana,
e como principio educativo; de que sujeitos sociais se formam e aprendem na dinâmica da luta social
organizada e de que ela é a base material deste processo educativo (na ação ele transforma e se
transforma); de que a luta social que forma os sujeitos é aquela que se produz e reproduz como práxis
revolucionária da sociedade e da vida das pessoas (quanto mais estranhamento no movimento da
história, mais forma sujeitos sociais); de que o MSP se dá dentro de um processo histórico maior que
         têm as suas leis próprias; e que a escola (IEJC) entendida como lugar de formar sujeitos humanos pode
         ter o MSP e o movimento da história como princípios educativos.

         PROGRAMAÇÃO


         DATA:      Programação do Curso de Formação Política e Conecs
         22/01/11 CFP – Como Funciona a Sociedade I
         23/01/11 CFP – Ciências Sociais: Formação e Ideologia
         24/01/11 CFP – Transformações no Mundo do Trabalho: Reestruturação Produtiva e suas
                  Consequências
         25/01/11 CFP – Universidade e Sociedade
         26/01/11 CONECS – Análise de Conjuntura do MECS / Encaminhamentos do ENECS 2011
         27/01/11 CONECS – Articulação Nacional de Estudantes de Ciências Sociais - ANECS
         28/01/11 CONECS – Apresentação e Discussão do Projeto do ENECS 2012

                Grade de Programação
           Dia 21       Dia 22        Dia 23        Dia 24          Dia 25          Dia 26          Dia 27        Dia 28
Manhã Café              Café          Café          Café            Café            Café            Café          Café
8h às 9h
9h às      Credencia    CFP – Como CFP            – CFP            – CFP        –   CONECS-         CONECS – CONECS –
                        Funciona    a Ciências      Transformações Universidade e   Análise    de   Articulação   Apresentação e
12h        mento        Sociedade I   Sociais:      no Mundo do Sociedade                           Nacional de Discussão do
                                                                                    Conjuntura
                                      Formação    e Trabalho:                       do MECS /       Estudantes de Projeto    do
                                      Ideologia     Reestruturação                  Encaminhame     Ciências      ENECS 2012
                                                    Produtiva e suas                ntos       do   Sociais     -
                                                    Consequências                   ENECS 2011      ANECS
Tarde      Almoço       Almoço        Almoço        Almoço          Almoço          Almoço          Almoço        Almoço
14h às     Abertura e Debates         Debates       Debates nos Debates             Debates         Debates       Debates
16h30      Regimento nos NB's         nos NB's      NB's        nos NB's            nos NB's        nos NB's      nos NB's
17h às     Interno
19h
Noite      Jantar       Jantar        Jantar        Jantar          Jantar          Jantar          Jantar        Jantar
20h às     Socializaçã Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e
22h30      o        do encaminha encaminha encaminham encaminha encaminha encaminha encaminha
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Projeto do conecs 2012

  • 1. FORTALEZA, NOVEMBRO DE 2011 CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA E CONECS – CONSELHO NACIONAL DE ESTUDANTES DE CIÊNCIAS SOCIAIS – 2012 1. APRESENTAÇÃO O CONECS – Conselho Nacional de Estudantes de Ciências Sociais – consiste em um encontro anual, articulado nacionalmente, com o intuito de discutir e aprofundar as questões e reflexões atuais dentro do mundo universitário das Ciências sociais, na perspectiva de trazer à luz da prática crítica, possíveis atuações que fortaleçam a nossa formação humana e profissional. Conjuntamente ao CONECS há o Curso de Formação Política (CFP) que tem como objetivo canalizar e sistematizar as principais temáticas à serem discutidas dentro das Ciências Sociais. O curso de Formação Política 2012 tem quatro eixos de discussões centrais: − Curso de Formação Como Funciona a Sociedade I − Ciências Sociais: Formação e Ideologia − Transformações no Mundo do Trabalho: Reestruturação Produtiva e suas conseqüências − Universidade e Sociedade Desta forma, procuramos analisar como as transformações no mundo do trabalho produzem e reproduzem ideologias necessárias a manutenção dos sistemas produtivos, e como essas mudanças reverberam na Universidade e no tipo de formação ofertada. Esse debate vem para contribuir na construção de uma verdadeira Ciência Social, capaz de entender o seu tempo e atuar como agente construtor de uma sociedade diferente. 2. HISTÓRICO No último ENECS-BH foi discutido e deliberado uma série de mudanças e reformulações pensadas no intuito de superar os muitos problemas encontrados na Ciências Sociais, e na perda de seu caráter crítico e preocupado com as transformações sociais. A organização do nosso M.E de área, profundamente individualizado no que condiz a
  • 2. socialização dos debates e problemas encontrados em cada escola, foi apontado pelo próprio MECS como uma necessidade urgente, como fundamental na construção de uma Ciência Social que volte a ser perigosa. Pensando nessa re(organização) mais que necessária, duas importantes formulações foram deliberadas na plenária final do encontro: a criação de uma Articulação Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais, a ANECS, entidade com formato provisório pensada como um instrumento importante de organização do MECS, alencando as carências acadêmicas e políticas problematizadas em nossos encontros e socializando-as através de atividades que fortaleçam essas discussões e ajudem na luta cotidiana dentro de cada Universidade; e a utilização e adaptação do método Josué de Castro no CONECS e no ENECS, na perspectiva de romper com a divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual existente na sociedade, e transformar o próprio espaço numa ferramenta prática de formação individual e coletiva, afim de evitar o esvaziamento nos debates políticos que se tornou comum em nossos encontros. O CONECS-Ceará vem, nesse sentido, para debater e ajudar a construir um M.E de área mais organizado, fortalecer a Articulação Nacional, e garantir, com o seminário, um espaço de formação política importantíssimo para a construção de um novo movimento estudantil. 3. OBJETIVOS O objetivo do CONECS e do Curso de Formação Política é fortalecer a formação crítica e humana dos(as) estudantes de Ciências Sociais de todo o Brasil, na perspectiva de uma Ciência Social cada vez mais questionadora da realidade social. Tem também, como fundamental, a responsabilidade de fortalecimento político da ANECS através da integração e do debate no espaço do encontro, buscando construir uma Articulação Nacional presente em cada escola. 4. METODOLOGIA DO CFP E CONECS O método Josué de Castro, conforme deliberado no último ENECS, balizará toda a organização do evento, sendo incorporado tanto no CFP como no CONECS. É utilizado em vários espaços do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e hoje também é aplicado em vários outros lugares dentre escolas, encontros estudantis etc. Por ter como característica principal uma grande maleabilidade e flexibilidade na sua execução, o método permite uma ampla aplicabilidade em diferentes espaços, fugindo do engessamento e permitindo uma constante adaptação em sua construção. Pensado pelo IEJC, Instituto de Educação Josué de Castro – IEJC – que, por sua vez, pertence ao ITERRA – Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária, essa maleabilidade é conseguida porque, de acordo com eles “O método pedagógico do Instituto não é fechado,
  • 3. dogmatizado [...] pois está em continua gestação através do questionamento e da contribuição dos educadores e educandos que dele participam. O que o determina [o processo educativo] são os sujeitos envolvidos”. Sua construção é baseada em princípios filosóficos e pedagógicos necessários à sua execução. Os Princípios Filosóficos são os princípios que fundamentam os objetivos estratégicos do trabalho educativo. São voltados para a construção de um ser humano diferente do socialmente construído no capitalismo, trabalhando-se a criação de uma nova subjetividade, dissociada do individualismo e da competição inerentes a lógica do capital. A educação é vinculada, nesse aspecto: 1) Educação para a transformação social. 2) Educação para o trabalho e a cooperação. 3) Educação voltada para as várias dimensões da pessoa humana. 4) Educação com / para valores humanistas e socialistas. 5) Educação como um processo permanente de formação e transformação humana. A partir da elaboração desses princípios filosóficos é que se vinculam os Princípios Pedagógicos, pois se referem ao jeito de fazer e de pensar a educação; é a partir deles que os princípios filosóficos se concretizam.Esses elementos são essenciais para a aplicabilidade do método. Entretanto é importante se colocar que a forma como vão ser incorporados, a prática pedagógica, muda de acordo com a realidade, mas os princípios são e devem ser os mesmos. 1) Relação entre prática e teoria. 2) Combinação metodológica entre processos de ensino e de capacitação. 3) A realidade como base da produção do conhecimento. 4) Conteúdos formativos socialmente úteis. 5) Educação para o trabalho e pelo trabalho. 6) Vínculo orgânico entre processos educativos e processos políticos. 7) Vínculo orgânico entre processos educativos e processos econômicos. 8) Vínculo orgânico entre educação e cultura. 9) Gestão democrática. 10) Auto-organização dos estudantes e das estudantes. 11) Criação de coletivos pedagógicos e formação permanente dos educadores e das educadoras. 12) Atitude e habilidades de pesquisa. 13) Combinação entre processos pedagógicos coletivos e individuais.
  • 4. Matrizes pedagógicas Este método pedagógico é baseado no movimento da realidade, dentro e fora do Instituto, e na articulação dialética das seguintes “matrizes” de formação humana: a) Educação Popular (Freire) – Entendida como Educação do Popular ou Pedagogia do Oprimido, que se reconhece como tal e assume um compromisso de classe e compromete todo o nosso trabalho com uma metodologia (prática à teoria à prática) que seja capaz de tornar os membros das classes populares sujeitos plenos da construção de um Projeto Popular de sociedade. b) Formação Político Ideológica (Makarenko / Plekhanov / Marx) – Compreendida como a formação política do trabalhador cidadão e trabalhadora cidadã para o socialismo, a partir de uma concepção de história e do papel dos trabalhadores nesta história como contribuidor na transformação da sociedade. c) Trabalho / Economia (Pistrak / Makarenko / Marx) – Compreende o trabalho como a atividade específica do ser humano, orientada para a transformação da natureza, auxiliado por instrumentos de trabalho, para que assim possa satisfazer as suas necessidades, mas, que ao transformar a natureza, transforma a si mesmo, a sua atitude frente à natureza, frente aos outros seres humanos e frente a si mesmo, mudam suas idéias, seus ideais e sua possibilidade de conhecer e transformar a realidade. Pelo trabalho nos produzimos como sujeitos sociais e culturais (nos inserimos em uma cultura fazendo). As formas como produzimos nos produzem: o como trabalhamos nos forma ou deforma. O trabalho para ser educativo exige reflexão sobre o que se faz, o como se faz, o porque se faz assim ou porque se organiza o trabalho assim e não de outro modo. Para que esta reflexão possa acontecer é necessário que haja um tempo / espaço para isto. Faz parte desta matriz a compreensão de que a economia é mais um pedagogo neste processo educativo. d) Coletividade (Makarenko) – Aposta na coletividade, por causa de suas condições múltiplas de interação, possibilidades de inter-relações e como espaço educativo privilegiado do ser humano que vive em uma sociedade marcada pelo individualismo. Sozinhos nós não aprendemos a ser gente: não nos humanizamos. e) Capacitação (Santos de Morais) – Intui diferentes métodos de formação e aposta na necessidade do exercício prático (aprender fazendo), com base no primado do objeto (numa situação que requeira este aprendizado), como alavanca para a construção das competências que precisamos aprender para intervir com pertinência na realidade (saber-fazer). f) Pedagogia do Movimento (Caldart) – Implica na compreensão: do Movimento Social Popular (MSP) como lugar de formação de sujeitos sociais, pois nele acontecem processos de formação humana, e como principio educativo; de que sujeitos sociais se formam e aprendem na dinâmica da luta social organizada e de que ela é a base material deste processo educativo (na ação ele transforma e se transforma); de que a luta social que forma os sujeitos é aquela que se produz e reproduz como práxis revolucionária da sociedade e da vida das pessoas (quanto mais estranhamento no movimento da
  • 5. história, mais forma sujeitos sociais); de que o MSP se dá dentro de um processo histórico maior que têm as suas leis próprias; e que a escola (IEJC) entendida como lugar de formar sujeitos humanos pode ter o MSP e o movimento da história como princípios educativos. PROGRAMAÇÃO DATA: Programação do Curso de Formação Política e Conecs 22/01/11 CFP – Como Funciona a Sociedade I 23/01/11 CFP – Ciências Sociais: Formação e Ideologia 24/01/11 CFP – Transformações no Mundo do Trabalho: Reestruturação Produtiva e suas Consequências 25/01/11 CFP – Universidade e Sociedade 26/01/11 CONECS – Análise de Conjuntura do MECS / Encaminhamentos do ENECS 2011 27/01/11 CONECS – Articulação Nacional de Estudantes de Ciências Sociais - ANECS 28/01/11 CONECS – Apresentação e Discussão do Projeto do ENECS 2012 Grade de Programação Dia 21 Dia 22 Dia 23 Dia 24 Dia 25 Dia 26 Dia 27 Dia 28 Manhã Café Café Café Café Café Café Café Café 8h às 9h 9h às Credencia CFP – Como CFP – CFP – CFP – CONECS- CONECS – CONECS – Funciona a Ciências Transformações Universidade e Análise de Articulação Apresentação e 12h mento Sociedade I Sociais: no Mundo do Sociedade Nacional de Discussão do Conjuntura Formação e Trabalho: do MECS / Estudantes de Projeto do Ideologia Reestruturação Encaminhame Ciências ENECS 2012 Produtiva e suas ntos do Sociais - Consequências ENECS 2011 ANECS Tarde Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço 14h às Abertura e Debates Debates Debates nos Debates Debates Debates Debates 16h30 Regimento nos NB's nos NB's NB's nos NB's nos NB's nos NB's nos NB's 17h às Interno 19h Noite Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar 20h às Socializaçã Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e Discussão e 22h30 o do encaminha encaminha encaminham encaminha encaminha encaminha encaminha método e mento mento ento mento mento mento mento divisão de tarefas